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Descansa em paz MIR
A queda da estação orbital MIR sobre o Pacífico correu como se esperava e proporcionou um fogo-de-artifício único nas ilhas Fiji, encerrando definitivamente a missão que durou 15 anos.
As 135 toneladas da MIR entraram em queda suicida sobre o oceano Pacífico de acordo com a trajectória traçada pela agência espacial Russa . A desintegração da MIR à entrada da atmosfera foi um sucesso, tendo tudo corrido como estava planeado.
Os riscos que a operação envolvia colocaram muitos receios, especialmente com a última fase de entrada na atmosfera para conseguir a trajectória desejada. Felizmente toda a operação correu como planeado e os destroços da MIR caíram sobre a área pretendida, em pleno mar alto entre a Nova Zelândia e o Chile.
A queda da MIR proporcionou um espectáculo único, sendo o maior objecto artificial que se precipitou na superfície terrestre. Durante a queda que provocou um enorme explosão sonora e um rasto de estrelas cadentes, grande parte da MIR desintegrou-se mas cerca de 50 toneladas de destroços ainda mergulharam no Pacífico.
O fim da ''jóia da coroa'' do programa espacial Soviético permitiu ao longo de 15 anos um grande número de façanhas, como o recorde de permanência em orbita de um homem (438 dias).
A MIR chegou a ''hospedar'' astronautas americanos, um repórter japonês e até o vencedor de um concurso de doces inglês.
Contudo com o desagregar da ex-União Soviética a MIR começou a ter menos fundos e a sua manutenção tornou-se mais difícil. Uma série de acidentes e avarias sucederam-se até que se tornou evidente que a MIR não tinha condições de segurança para ser mantida operacional. Inclusivamente estaria condenada a sair de orbita nas próximas semanas, o que obrigou a tomada de decisão, embora relutantemente, às autoridades Russas de por um fim à MIR.
O fim da MIR marca um fim de uma Era no campo espacial, mas anuncia também uma nova Era, em que a Estação Espacial Internacional toma o seu protagonismo.
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