Vint Cerf, um dos fundadores da Internet, mostrou-se preocupado com as medidas que a União Europeia (UE) pretende pôr em prática para combater o ciber-crime. Isto porque considera que colidem com as leis de privacidade vigentes na UE.
Apontando como prioridade para o desenvolvimento da Web a implementação de sistemas mais seguros, Cerf sublinhou, em entrevista à Agência Reuters, que o tráfico na Internet devia ser retido unicamente para fins comerciais, o mesmo não sendo aconselhável no caso das investigações policiais.
Refira-se que a privacidade e o combate ao crime estão na mira do executivo da União Europeia. No entanto, para Cerf, há uma contradição nos objectivos da UE, uma vez que as intenções no que respeita ao combate ao crime na Web põem em causa a legislação sobre protecção da privacidade vigente no velho continente.
A UE apresentou, em Março, um projecto para melhorar a segurança das infra-estruturas de informação e o combate às ofensas na Internet, que vão desde o hacking e a sabotagem até à divulgação de pornografia infantil.
Para facilitar o trabalho dos legisladores, alguns governos solicitaram a colaboração dos fornecedores de acesso à Internet (ISP), através do fornecimento de dados. Mas, para Cerf, a retenção de informação, ainda que em pequenas quantidades, pode ser uma tarefa árdua para os ISP.
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