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A PT Comunicações pretende fixar em três mil escudos por cliente o preço por grosso para os novos operadores da rede fixa que pretendam aceder à Oferta do Lacete Local (OLL), notícia o Público na sua edição de hoje.

Para fixar este preço, a PT Comunicações utilizou como base o valor médio das propostas de OLL que ocorreram nos restantes membros da União Europeia, e que se situa nos 2952 escudos. Para além disso, Carlos Costa, administrador da PT Comunicações, referiu ontem, por ocasião de uma acção com o objectivo de clarificar as implicações técnicas da oferta de lacete local, que a operadora histórica terá que fazer um investimento de um milhão de contos, investimento este que deverá, na sua opinião, ser suportado em conjunto com as restantes operadoras.

O preço referido anteriormente terá ainda que ser aprovado pelo Instituto das Comunicações de Portugal (ICP) e pela Direcção-Geral do Comércio e da Concorrência. Como tem acontecido nestas ocasiões, os operadores concorrentes da PT não têm concordado com a sua estratégia e irão tentar diminuir o preço, no sentido de o aproximar do valor actual de uma assinatura mensal da rede PT (2240 escudos mais IVA). Isto porque se o preço por grosso for de três mil escudos, os novos operadores serão obrigados a apresentar os seus serviços a preços superiores, entrando no mercado em desvantagem perante a PT.

A OLL está liberalizada desde o dia 1 de Janeiro último e prevê a disponibilização do troço final da rede telefónica PT (que liga as suas centrais à casa dos clientes finais) à restante concorrência. Trata-se do último passo no caminho da liberalização total do mercado de telecomunicações em Portugal e irá permitir aos novos operadores oferecer serviços de voz e Internet de alta velocidade (como é o caso do serviço ADSL) directamente aos consumidores finais.