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A criação de novos domínios de topo por parte da Internet Corporation for Assigned Names and Numbers (ICANN), a entidade que gere estes domínios, tem estado a gerar alguma polémica. Para a resolver, o Congresso dos EUA (Câmara dos Representantes) decidiu proceder a uma audição junto das várias partes envolvidas, com o objectivo de verificar se todo o processo foi justo.

De acordo com a CNN, os congressistas norte-americanos, tanto da parte do Partido Republicano como do Partido Democrata, mostraram-se bastante preocupados com esta situação, dado que o papel da ICANN foi posto em causa. Foi acusada, por parte de algumas empresa interessadas nos novos domínios, de atentar contra a livre concorrência, tendo optado pelos novos domínios (.aero, .biz, .coop, .info, .museum, .name, e .pro) de uma forma ''subjectiva''.

Edward Markey, um congressista democrata do Massachusetts, chegou a afirmar que ''o processo foi mais misterioso do que alguns eventos do Vaticano''. Markey mostrou-se ainda preocupado pelo facto de algumas pessoas que tomaram a decisão sobre os novos domínios não terem sido eleitas, e também pelo facto da ICANN ter pedido 50 mil dólares (cerca de 11 mil contos) às empresas que apresentassem propostas para os novos domínios, valor este não reembolsável.

A defesa da ICANN esteve a cargo do seu presidente, Vinton Cerf, que defendeu que ''todo o processo foi transparente'', e que a organização que gere deixou sempre claro que apenas um número muito limitado de novos domínios de topo seriam criados. Para além disso, todas as propostas foram colocadas no site da ICANN, tendo sido recebidos mais de quatro mil comentários.

Como testemunhas, estiveram presentes duas empresas que viram os seus pedidos de novos domínios rejeitados, outras duas que viram o seu pedido aceita e uma empresa que não chegou a concorrer.