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O neurologista Clifford Shults e sua equipa da Universidade da Califórnia em San Diego, descobriram que a substância denominada coenzima Q10, que consideram similar às vitaminas, apresenta um papel importante na melhoria dos sintomas da doença de Parkinson.

Actualmente os pesquisadores ainda não descobriram as causas da doença, mas acreditam que as mitocôndrias, órgão intracelular responsável por gerar energia, são directamente afectadas.

Segundo os cientistas, algumas coenzimas actuam como vitaminas auxiliando o trabalho de certas enzimas no organismo. E neste caso em particular, a Q10 parece evitar que as mitocôndrias sejam afectadas.

Shults e seus colegas descobriram que os níveis da coenzima Q10 nos pacientes com Parkinson eram bastante baixos. Tendo isto em conta, a equipa contou com a colaboração de 80 pacientes com a doença, administrando doses da coenzima Q10, entre 0 e 1200 miligramas, quatro vezes ao dia durante 16 meses.

Ao longo do tratamento, os pacientes nos quais foram administradas as doses mais elevadas da coenzima Q10 registaram melhorias significativas nas funções motoras, no humor e na capacidade intelectual.

Clifford Shults e o Parkinson Study Group estão a elaborar uma proposta para a realização de estudos mais detalhados para confirmar estes resultados, e o cientista espera que esta pesquisa venha estimular a realização de outras para identificação de possíveis tratamentos.