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As preocupações relativas à navegação de crianças na Internet têm subido de tom ao longo dos últimos anos. A possibilidade de menores terem acesso a sites de conteúdos pornográficos ou, mesmo, de se verem envolvidos em redes pedófilas, têm despertado a preocupação das autoridades.
Foi nesse sentido que, com o apoio de alguns dos maiores sites mundiais, como o Yahoo, MSN e AOL, a Internet Content Rating Association (ICRA) desenvolveu um sistema de protecção que visa assegurar aos pais que os seus filhos não acedam a conteúdos impróprios para a sua idade.
Os filtros que o sistema integra, permitem bloquear o acesso a páginas web que integrem conteúdos relativos a nudez, violência, drogas e álcool. Sites e salas de conversação que possam estar associadas a redes pedófilas, também podem ser bloqueados. De acordo com a instituição, o grau de sofisticação do software permite distinguir conteúdos artísticos, educativos ou médicos, de outros considerados inadequados.
Este tipo de filtros tem sido alvo de críticas por parte dos defensores da liberdade total em Internet, acusando-os de representarem uma censura desnecessária na web.
Contudo, de acordo com o Director Executivo ICRA, Stephen Balkam, "nós não fazemos qualquer tipo de julgamento acerca do que é bom ou mau. Os pais são livres de optar pelo software ou não, tendo legitimidade total para se preocuparem com o que os seus filhos possam fazer enquanto navegam na Internet".
Ainda segundo as palavras de Stephen Balkam, a existência de filtros 100 por cento seguros é uma utopia, pelo que a sua instalação não poderá substituir um acompanhamento próximo por parte dos pais.
O download do software desenvolvido pela ICRA pode ser feito gratuitamente, na página oficial da instituição. Os pais poderão optar pelos filtros pré-definidos, ou estabelecer os seus próprios critérios de selecção, consoante a liberdade que queiram dar aos seus filhos.
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