Foram 12 os países que, no passado dia 1, começaram a trabalhar com a nova moeda. "Considerada a mudança a grande escala, as coisas até acabaram por correr bem" considera Cheryllyn Humphreys, da Europay International (o líder europeu em pagamentos electrónicos e representante, entre outros, do MasterCard e Eurocard).
Os especialistas alertam, no entanto, que os grandes problemas ainda estão para vir. Os próximos 3 meses serão cruciais, à medida que vão sendo elaborados os relatórios financeiros quer das empresas, quer dos próprios governos. "O principal risco será mesmo o da poluição de dados. Uma boa parte das companhias vai ter este problema, porque se torna muito difícil assegurar que todas as conversões estejam correctas" disse à IDG, Nick Allen, analista da AMR Research Inc. "Serão milhões de folhas de cálculos e relatórios. Basta pensar, nas bases de dados de há 5, 10 ou mais anos", acrescenta o analista. Há ainda os problemas de adaptação. Apesar dos insistentes avisos e programas de sensibilização um pouco por toda a União Europeia, só nas próximos semanas se vai confirmar se de facto as empresas se adaptaram correctamente. Para já, os analistas mostram-se descrentes e acreditam que a maior parte das empresas pouco ou nada ligou aos avisos. E apontam o final de Janeiro como o primeiro grande teste, dado que será nesta altura que as transferências bancárias para salários e fornecedores terão que ser obrigatoriamente em euros. Por enquanto, os problemas começam a sentir-se com as notas falsas. A primeira falsificação foi detectada na Bélgica. Uma nota de 50 euros.
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