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Foi lançada mais uma experiência para tentar descobrir a origem dos raios cósmicos - partículas que viajam através da galáxia quase à velocidade da luz e que constantemente se precipitam sobre a Terra.

A nova tentativa está a decorrer no pólo Sul, na base antárctica de McMurdo e recorre a um novo instrumento - TIGER (Trans Iron Galactic Element Recorder). O instrumento mais não é do que um sensor equipado com uma câmara dentro de um gigantesco balão cheio de hélio, que permanece no ar, a mais de 125 mil pés de altitude, desde 20 de Dezembro de 2001.

Na quarta-feira iniciou a segunda volta pelo Pólo Sul, impulsionado pelas correntes circulares que o mantêm no ar. Esta é de resto a primeira vez que um dispositivo consegue circundar a região polar por duas vezes. Em função das condições meteorológicas, o TIGER poderá manter-se assim durante um mês inteiro.

Livre de interferências terrestres, a sonda tenda capturar raios cósmicos para depois os analisar. Sabe-se que são núcleos atómicos originados em explosões estelares (as chamadas supernovas). Como é que estas partículas se transformam depois em raios e atingem altas velocidades é que permanecem um mistério para os astrónomos.

A experiência resulta de uma colaboração com as universidades de Washington e Minnesota, o Goddard Space Flight Center (da NASA) e o California Institute of Technology.