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Crusoe: Ainda é cedo para grandes voos
Na opinião do analista da empresa Gartner , Kevin Knox, o processador Crusoe da Transmeta não deverá ser fabricado e comercializado em larga escala tão cedo. Knox afirma que ''deverão passar pelo menos duas gerações de desenvolvimento tecnológico daquele processador até que atinja a necessária maturidade''.
Falando durante o Simpósio da Gartner realizado esta semana em Cannes, Knox continua dizendo que ''as duas maiores vantagens do Crusoe são o reduzido tamanho e a economia de energia. Mas o cerne da questão está no quão económico é, porque ganhos não superiores a uma hora não justificam a mudança das actuais plataformas para o Crusoe''.
Foi graças a esta pouca economia que na semana passada a IBM rejeitou a utilização do Crusoe em seus portáteis. Segundo um porta-voz da IBM, ''a economia energética do Crusoe ficou aquém do que esperávamos''.
A IBM realizou alguns testes com o Crusoe, onde era esperado que o processador aumentasse a autonomia da bateria do portátil IBM 480 de 4,5 horas para 8 horas. No entanto só foi atingido um ganho de uma hora, aumentando a autonomia do portátil para 5,5 horas.
A Compaq também não se mostrou muito satisfeita com o Crusoe. Segundo a empresa, o modo de operação do processador que converte as instruções X86 para a sua linguagem VLIW (Very Long Instruction Word) optimizando-as acabou por prejudicar a sua performance de acordo com os testes realizados pela Compaq.
A Transmeta por seu lado continua a afirmar que o processador tem boa performance, nomeadamente em tarefas repetitivas onde as instruções só precisam ser traduzidas uma única vez.
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