A União Europeia (UE) aprovou, na passada sexta-feira, a compra da canadiana Seagram por parte da multinacional francesa Vivendi .
No entanto, o negócio só ficou clarificado depois da Vivendi ter aceite algumas condições impostas pela UE, devido ao receio da empresa francesa assumir uma posição dominante no mercado europeu de pay-TV (detém a maioria do capital do Canal Plus e 20% da BSkyB , os dois maiores grupos de pay-TV da Europa) e também no mercado emergente da música on-line (o seu portal Vizzavi passará a contar com o catálogo da Universal, empresa detida pela canadiana Seagram).
Assim, a Vivendi aceitou vender a sua participação na BSkyB nos próximos dois anos (que deverá ir parar às mãos do australiano Rupert Murdoch, o maior accionista da BSkyB com 37.5 por cento) e deu garantias de permitir o acesso, durante cinco anos, aos direitos de produção e co-produção de filmes da Universal, nomeadamente no que diz respeito aos direitos de ''first window'' (quando os filmes passam nos canais de pay-TV pouco tempo depois de estrearem nas salas de cinema e antes de passarem na TV).
A Vivendi aceitou ainda disponibilizar o catálogo musical on-line da Universal por um período de cinco anos, para que o Vizzavi não possa dominar o mercado da música on-line.
A decisão da UE segue-se à aprovação do negócio pela Federal Trade Commission dos EUA, no passado mês de Agosto. A nova empresa Vivendi Universal será a grande concorrente da AOL Time Warner.
