Poucos meses depois de ter começado a funcionar, o Gemini Multi-Object Spectrograph (GMOS) tirou a primeira fotografia à galáxia M74, na constelação de Peixes, a 30 milhões de anos-luz da Terra. Alguns dos pormenores são tão nítidos que os investigadores já lhe chamam a ''galáxia de espiral perfeita''.

O GMOS não é mais do que uma câmara astronómica, acoplada ao telescópio Gemini North, instalado em Mauna Kea, no Hawai. A sua resolução de 28 milhões de pixel permite captar imagens de alta definição.

A primeira imagem foi captada em Outubro. Aparece com tamanha perfeição que são visíveis alguns pormenores como os feixes, as nuvens de gás ou os próprios rastros das estrelas.

''Conseguimos observar estas galáxias com tal facilidade como se fossem nossos vizinhos'' afirmou Roger David, da Universidade de Durham, na Inglaterra e um dos mentores do projecto.

''Agora vamos utilizar este fantástico equipamento para determinar a sua massa, tamanho e composição e descobrir até que ponto elas se alteraram ao longo da história cósmica'', acrescenta David.

Os cientistas acreditam que a nova tecnologia poderá ser importante no estudo da supernova e implosão de estrelas em galáxias distantes.

''A partir do momento que consigamos obter estes dados, estaremos aptos para melhor compreender a aparente aceleração do universo'' conclui Isobel Hook, uma das responsáveis do projecto GMOS.

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