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Até agora, segundo as teorias da evolução, acreditava-se que o surgimento de uma nova espécie demoraria centenas, senão milhares de anos a acontecer. Todavia, uma espécie de salmão está a ser alvos de estudo, uma vez que o surgimento de dois grupos com características distintas aconteceu em apenas 13 gerações, num período de tempo de 60-70 anos.
O estudo desta espécie de salmão está a ocorrer no Lago Washington localizado no estado americano de mesmo nome. Os peixes foram lá colocados em 1937, e desde então separaram-se em duas populações diferentes optando pela não procriação entre membros das duas populações.
Um dos grupos optou pela procriação no rio, enquanto o outro optou pela deposição dos ovos nas praias em torno do lago. Devido a estas opções, ambos desenvolveram características diferentes: os machos do rio desenvolveram um corpo mais achatado, auxiliando no nado contra as correntezas mais fortes, enquanto as fêmeas do rio são maiores do que as do lago, o que lhes possibilita cavar ninhos mais profundos.
Isto revela que as espécies podem adaptar-se a novos ambientes dez vezes mais rápido do que se pensava. Segundo o cientista Andrew Hendry da Universidade de Massachusetts, chefe desta pesquisa, ''estes dados nos fazem reavaliar a importância da selecção natural e adaptação ao meio ambiente, que fazem surgir novas espécies de um modo mais rápido''.
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