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Os responsáveis pelo PayPal confirmaram, na quinta-feira, que foram notificados pelo tribunal relativamente a um processo judicial movido por alguns utilizadores descontentes.

A acção apresentada no tribunal distrital da Califórnia teve origem num grupo de clientes do serviço, que se queixam que as suas contas foram bloqueadas ou desactivadas de forma ilegal.

"O PayPal tem mais de 14 milhões de utilizadores que fazem 200 mil pagamentos por dia, por isso é claro que fornece um serviço muito popular e que está em expansão, e simultaneamente um serviço que permite que as pessoas e as empresas mais pequenas façam pagamentos de forma fácil e segura. Apesar de analisarmos com muita atenção os comentários dos nossos utilizadores, entendemos que estas queixas são injustas e vamos contestá-las", disse a porta-voz da empresa, Julie Anderson, citada pelo magazine on-line Newsbytes.

Este é o segundo processo contra o "PayPal" em menos de um mês, depois da empresa de advogados Jacoby & Myers ter movido uma acção em Fevereiro, acusando os responsáveis pelo serviço de pagamentos de terem restringido indevidamente o acesso às contas de alguns clientes.

Nos últimos meses o PayPal tem sido alvo de várias acções em tribunal, tendo sido inclusivamente obrigado a adiar o seu IPO (Initial Public Offering) - o que equivale à abertura do capital aos investidores - na sequência de um processo desencadeado pela empresa de segurança CertCo a poucos dias da operação financeira. Na origem do processo estavam suspeitas de violação de patentes.

Paralelamente, as actividades da empresa têm sido investigadas pelas autoridades bancárias dos estados de Louisiana, Califórnia e Nova Iorque. No entanto, o PayPal conseguiu recentemente uma vitória importante, quando o organismo regulador do sector nos Estados Unidos, Federal Deposit Insurance Corporation, emitiu um parecer onde considerava que o PayPal não é um banco.