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25 Fev 2000 por Lusa  
Cobaias paraplégicas voltam a andar

Um grupo de cientistas espanhóis conseguiu, pela primeira vez, que cobaias paraplégicas voltassem a caminhar.

 

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(Lusa) - Um grupo de cientistas espanhóis conseguiu, pela primeira vez no mundo, que cobaias paraplégicas voltassem a caminhar, o que abre novas perspectivas no tratamento de pessoas com lesões medulares, anunciou hoje a directora da equipa.

Os investigadores transplantaram com êxito células do bolbo olfactivo do rato para a sua medula espinal - que apresenta um comportamento semelhante à medula humana - conseguindo regenerar os nervos lesados.

''A lesão medular era irreversível'' até agora, notou a directora da equipa, Almudena Ramón-Cueto, do Centro de Biologia Molecular ''Severo Ochoa'', dependente da Universidade Autónoma de Madrid e do Conselho Superior de Investigação Científica (CSIC).

Os resultados da experiência, publicados hoje na Neuron, uma das revistas mais prestigiadas no campo das neurociências, foram mostrados à imprensa num vídeo, onde era possível observar vários ratos anteriormente paraplégicos a trepar por uma rampa com distintos graus de dificuldade, até uma superfície horizontal. O bolbo olfactivo do rato é uma estrutura do sistema nervoso onde os nervos lesionados (''cabos'' dos neurónios por onde viajam as ordens do cérebro) são capazes de ligar-se de novo, explicou Ramón-Cueto, acrescentando que o passo seguinte será trabalhar com primatas e, mediante o resultado, fazê-lo em humanos.

O objectivo central do trabalho era conhecer se a capacidade de regeneração deste tipo especial de células (envolvendo a zona olfactiva) poderia ser transplantado para a medula espinal e, assim, repará-la. Quando a medula espinal sofre uma agressão, as vias nervosas são interrompidas no lugar da lesão e os nervos danificados deixam de poder transmitir impulsos eléctricos. Na experiência foram utilizados mais de 20 ratos paraplégicos, sem qualquer funcionalidade nas patas traseiras, mas só em alguns deles foram transplantadas as células olfactivas.

Depois de uma observação de sete meses estudou-se a sua regeneração com ajuda de uma prova: os ratos foram obrigados a subir uma rampa ''com 45, 60 e 75 graus de inclinação e uma parte vertical final'', unida a uma superfície horizontal. Este método, utilizado pela primeira vez no mundo, ''faz a distinção entre movimentos reflexos e movimentos voluntários'', indicou Rámon-Cueto. ''Todos os ratos com transplante foram capazes de superar os 45 graus de inclinação, sete passaram os 60 graus, os 75 graus foram ultrapassados por seis ratos e dois chegaram até à parte completamente vertical'' que estava ligada a uma tábua horizontal, acrescentou a cientista. ''Nenhuma das doze cobaias sem transplante superou o nível mínimo'', sublinhou.

Rámon-Cueto afirmou que os animais, além de recuperarem o movimento voluntário das patas, ''foram capazes de aguentar o seu próprio peso e manifestaram uma leve sensibilidade ao tacto''. Também se observou nos animais ''uma reparação histológica (histologia é a ciência que estuda os tecidos) do local da lesão e uma regeneração em cerca de três centímetros dos nervos motores lesionados'', disse, acrescentando que esta é a maior recuperação funcional e histológica descrita até hoje em mamíferos adultos com lesões medulares.


 

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