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Num estudo publicado na edição de hoje da revista Science, investigadores da Universidade de Cambridge e da Universidade de Dusseldorf anunciam a descoberta do ''ponto g'', a região do cérebro que é activada sempre que desempenhamos tarefas que exigem inteligência.

A zona do cérebro activada é o córtex cerebral frontal lateral, a única que foi identificada como aquela onde o fluxo sanguíneo aumentava, sempre que um grupo de voluntários era sujeito a testes com puzzles bastante complicados.

Os cientistas sujeitaram os voluntários a uma intensa bateria de testes, com graus de dificuldade diferentes. No entanto, a zona do cérebro que era activada era sempre o córtex cerebral frontal lateral, num ou nos dois hemisférios.

Esta descoberta parece confirmar a teoria, enunciada em 1904, pelo psicólogo Charles Spearman, segundo a qual todas as pessoas utilizavam uma parte específica do cérebro sempre que desempenhavam tarefas mais complicadas. A esta zona do cérebro, Charles Spearman chamou ''ponto g''.

No entanto, a revista Science apresenta artigos de opinião que procuram ''refrear'' os ânimos relativamente a esta descoberta, dado que a inteligência é um fenómeno bastante complexo. Alguns peritos sustentam que o uso da inteligência exige que várias partes do cérebro se completem para levar a cabo uma determinada tarefa.