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12 Abr 2002 por Armindo Silva  
Análise: Dungeon Siege

Depois de alguns atrasos, este RPG da Microsoft chega finalmente ao mercado, prometendo ocupar um lugar de destaque junto de outros jogos do género, como o caso do Diablo.

 

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Dungeon Siege é o nome deste RPG publicado pela Microsoft, que finalmente chegou ao mercado neste mês de Abril depois de alguns atrasos no seu desenvolvimento. A Gas Powered Games é a empresa que esteve por trás do jogo, tendo como líder do projecto Chris Taylor, que desenvolveu o jogo de estratégia em tempo real Total Annihilation em 1997.

A vida de fazendeiro

A personagem interpretada pelo jogador é a de fazendeiro, homem ou mulher consoante a escolha, que está a levar a sua normal vida de cultivo dos campos até que o maléfico Kurg chega até ao pacífico Reino de Ehb.

Em virtude das várias criaturas que aparecem a semear o caos e o terror, o humilde fazendeiro tem de tomar a iniciativa de lutar contra o avanço do inimigo. Entretanto, esta tarefa será um pouco simplificada graças à ajuda de guerreiros e magos que encontrará pelo caminho podendo recrutá-los para fazer parte do seu grupo.

Em termos de história não podemos dizer que Dungeon Siege possui originalidade, mas este não constitui o elemento mais importante do jogo. Servindo apenas como ponto de arranque, a equipa de Chris Taylor decidiu projectar um RPG que fosse apelativo e ao mesmo tempo fácil de jogar, o que notamos facilmente logo de início ao vermos a interface de jogo.

Simples e funcional

Como em qualquer bom RPG, Dungeon Siege começa pela criação da personagem, com o jogador a fazer atenção ao género, masculino ou feminino, além da possibilidade da escolha do seu aspecto físico, cor da pele, tipo de cabeça e cabelo, e das vestimentas com que irá começar o jogo.

Em seguida passamos a um filme de introdução explicando alguns dos acontecimentos e somos então levados para o ecrã de jogo.

Este prima pela simplicidade e funcionalidade, com uma boa distribuição dos comandos de jogo mais importantes. No canto superior esquerdo do ecrã temos uma imagem do rosto da nossa personagem, ladeada pelas barras de vitalidade e mana.

Ao seu lado aparecem alguns pequenos ícones, onde seleccionamos o que queremos utilizar como ataque, armas ou feitiços, de maneira fácil e rápida, podendo mesmo durante o combate mudar para a que nos der mais jeito.

Conforme vamos utilizando mais um tipo de arma ou feitiço, vemos uma barra cinzenta subir por detrás destes ícones, o que simboliza a evolução da nossa personagem no manuseio da arma ou do feitiço.

No canto inferior direito temos o menu que rege a forma como a personagem e os membros da equipa reagem em combate. Aqui podemos escolher se a personagem atacará os inimigos livremente, se irá colocar-se à defesa, ou se atacará somente se for atacado.

Temos ainda a opção de seleccionar se determinado personagem atacará o inimigo mais forte, o mais fraco, ou aquele que estiver mais próximo. Isso torna-se bastante útil no que diz respeito a podermos definir o comportamento individual, em combate, das personagens que compõe o grupo, decidindo, por exemplo, que o mais forte atacará o inimigo mais forte, e que o mais fraco ficará somente à defesa, consoante o gosto de cada jogador.

Neste menu também podemos seleccionar o formato que assumirá o nosso grupo durante os deslocamentos e combates, podendo estar alinhados, lado a lado, etc. Nesta escolha do formato que assumirá o grupo fica patente a relação da equipa que desenvolveu este jogo com Total Annihilation, onde uma interface idêntica foi adoptada.

O uso do rato é uma constante, sendo utilizado não só para seleccionar os inimigos a atacar, mas também para deslocar a personagem pelo cenário, interagir com objectos que possamos utilizar e iniciar diálogos com personagens.

As possibilidades de interacção com objectos e personagens é facilitada pela mudança do ícone associado ao cursor do rato conforme o passamos por cima dos mesmos, mudando para uma mão quando podemos utilizar algo, ou para um ''balão" simbolizando a possibilidade de conversação.

Por falar em combates...

Assim como a interface do jogo, o sistema de combate em Dungeon Siege também é simples de entender e utilizar, tendo algumas semelhanças com o Diablo II mas sem tanta complexidade.

Desde o início o jogador poderá optar por desenvolver as habilidades das personagens que compõe o grupo, pois cada vez que uma delas derruba um inimigo ganha pontos de experiência. Estes pontos são então atribuídos para elevar a experiência naquela arma em questão e também em algumas habilidades a elas relacionadas, como força, destreza, etc.

O jogador poderá optar por manter uma das personagens sempre com a mesma arma, desenvolvendo-a ao máximo, ou então mudar de arma e feitiços, fazendo uma distribuição mais ou menos equilibrada dos pontos de experiência.

Apesar das semelhanças com o Diablo II, o sistema de combate de Dungeon Siege é bastante "aberto", dando ao jogador bastante liberdade para estruturar o grupo, apesar do jogo, como um todo, ser algo linear, tendo, geralmente, apenas uma maneira de cumprir um determinado objectivo.

Assim sendo, não é difícil de concluir que o combate ocupa um lugar de destaque no jogo, uma vez que pode ser abordado de diferentes perspectivas, tendo uma boa componente estratégica.

Por exemplo, quando chegarmos ao ponto de termos uns seis ou sete membros no nosso grupo, poderemos optar por ter três deles como arqueiros, ocupando uma posição de retaguarda e atacando os inimigos à distância, outros como feiticeiros, que poderão atacar ou mesmo estar constantemente a curar os membros do grupo, ou então definir alguns para o combate "mano-a-mano". Mais uma vez, a escolha fica ao gosto do "freguês".

Os inimigos a combater são bastante variados, o que dá um certo ânimo ao ver que estes vão adquirindo novas formas e dificuldade ao longo do jogo, aparecendo de várias direcções e muitas vezes de regiões pouco visíveis a princípio.

Todavia, a inteligência artificial que controla os inimigos não é nada de excepcional, apesar de notarmos que as criaturas seleccionam o membro mais fraco da equipa para atacar. Na maioria das vezes, o combate é decidido mediante a resistência dos membros da equipa, que vão recobrando vitalidade com o auxílio de poções ou de mágica.

Gráficos e som

Uma das características que confere a Dungeon Siege um avanço em relação aos seus antecessores é o motor gráfico em 3D, que gera não só os cenários e objectos assim como as personagens, que contam com um elevado número de polígonos e uma consequente boa definição, além de permitir efeitos especiais climatéricos como chuva.

Podemos rodar o cenário de jogo a toda volta, bastando para tal posicionar o cursor nas laterais do ecrã. A inclinação do mapa também é possível, podendo ser variada até um ponto de vista quase de cima, sendo conseguido com o posicionamento do cursor nas partes inferior ou superior do ecrã.

Também é facultado aos jogadores uma opção de zoom, que pode ser controlada com a roda do rato, permitindo uma maior aproximação às personagens, ou um afastamento, que permite uma visão mais abrangente do cenário à sua volta.

Em relação ao som podemos dizer que Dungeon Siege apresenta uma banda sonora muito boa, com a mudança dos temas a estar de acordo com os acontecimentos do jogo num determinado momento, mudando para um tema de maior suspense quando nos estamos a aproximar de uma situação de perigo, ou para outro tipo quando próximos de uma descoberta importante.

As falas dos actores podem ser consideradas suficientes, embora nos dê a impressão, de vez em quando, de faltar um pouco de expressividade em algumas situações onde deveria salientar mais o desespero ou tristeza, por exemplo.

Conclusões finais

Depois de algum tempo de jogo, não nos restam dúvidas de que Dungeon Siege oferece um bom jogo RPG, conseguindo "agarrar" os jogadores dando-lhes aquela sensação de " só vou avançar mais um pouquinho".

A interface de jogo simples associada a uma fácil gestão das habilidades e inventário das personagens, torna este RPG mais abrangente em termos de público, podendo vir a agradar até aqueles que não são muito apreciadores do género.

A bem desenvolvida componente multiplayer também contribui para aumentar o interesse do jogo, ou mesmo vê-lo por outra perspectiva. É possível aceder ao jogo pela Internet através do serviço Zonematch da Microsoft, ou por rede local.

Todavia, o mais interessante é a possibilidade de jogarmos a campanha do jogo a solo pela Internet unindo sete jogadores num grupo, que também pode ser formado para a campanha Utraean Peninsula, dedicada somente para o multiplayer.

Uma característica interessante do multiplayer na Internet é a duração de vida. Quando um dos jogadores morre durante o jogo, a sua personagem acaba por se transformar num fantasma, que tem de percorrer um cenário em busca de um santuário que lhe permita a ressurreição.

Com todas estas possibilidades não será de admirar que Dungeon Siege venha a ser considerado um dos melhores jogos do ano e se um RPG com uma boa dose de acção e alguma estratégia faz o estilo de um jogador, esta é uma aposta a ter em conta.


 

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