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Cérebro cresce ao ''ritmo da música''
A comunidade científica dá mais um passo no conhecimento do cérebro humano. Pesquisas revelaram que anos de prática musical modificaram o cérebro daqueles que fazem das melodias o seu modo de vida. A descoberta, relatada pela BBC, foi anunciada no encontro anual da American Academy of Neurology , em Filadélfia. Com efeito, os músicos profissionais têm mais massa cinzenta em determinadas zonas do cérebro. Apesar de ainda não haver certezas quanto a esta revelação, há uma forte possibilidade de os cérebros dos músicos sofrerem modificações ao longo dos anos. Gottfried Schlaug, um perito alemão nesta matéria, analisou 15 profissionais da música e 15 homens não ligados àquela arte. Através de exames de ressonância magnética, em vários regiões do cérebro, chegou à conclusão de que os músicos têm mais massa cinzenta em, pelo menos, quatro zonas do órgão. Trata-se de regiões frequentemente associadas a habilidades necessárias àqueles profissionais, como a capacidade de coordenar movimentos em resposta a estímulos visuais, ou o processamento de estímulos auditivos. Para Schlaug, é necessário, agora, um estudo, que permita confirmar a relação entre o treino motor, durante um longo período de tempo, e as alterações nas regiões cerebrais associadas a capacidades motoras e não motoras. A descoberta sugere, também, que o cérebro consegue adaptar-se às tarefas que lhe são impostas, uma tese, também, invocada para explicar as diferenças encontradas no hipocampo (zona associada à navegação) dos taxistas .
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