De acordo com um estudo elaborado pela Universidade do Minho , os sites das autarquias portuguesas são de fraca qualidade. Apesar disso, metade das autarquias já está presente na Web.
''A presença das Câmaras Municipais portuguesas na Internet é, na generalidade, desastrosa'' referiu à agência Lusa, Luís Amaral, investigador da Universidade do Minho e co-autor do estudo.
Apesar de metade dos municípios terem sites (153 dos 305 inquiridos), a maioria apresenta apenas a fotografia do presidente e alguns contactos. Apesar disso, 97 por cento dos sites disponibilizam informação sobre o município, 23 por cento divulgam informação sobre as actividades autárquicas e apenas 2 por cento têm serviços de informação on-line dirigidos aos munícipes.
O estudo mostra ainda que 77 por cento das Câmaras Municipais sem site manifestaram a intenção de criar um até ao final de 2000, situação que só será verificada em Junho, data prevista para a conclusão de uma segunda versão do estudo.
As principais razões apontadas para a inexistência dos sites foram a falta de recursos humanos, com 59 por cento (60 por cento dos sites existentes foram criados por entidades externas) e financeiros, com 27 por cento.
O estudo revela que só seis por cento dos sites tiveram a classificação de ''excelentes'' e apenas 20 por cento foram considerados ''bons''. Os critérios da análise tiveram em conta aspectos como os conteúdos, serviços, design, optimização e velocidade.
O estudo, intitulado ''A Presença das Câmaras Municipais Portuguesas na Internet'', foi realizado entre Maio de 1999 e Fevereiro de 2000 pelo Departamento de Sistemas de Informação da Universidade do Minho e pela GÁVEA (Observatório do Mercado das Tecnologias e Sistemas de Informação da Universidade do Minho). Publicado em livro pela InterFace-Administração Pública, será apresentado hoje, dia 5 de Abril, no auditório da Associação Nacional de Municípios Portugueses , em Coimbra.
