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Óxido de prata para discos do futuro
Uma experiência realizada pelo Dr. Robert Dickson , químico do Instituto de Tecnologia da Georgia , com filmes de óxido de prata revelou-se promissora quanto à utilização deste material na fabricação de discos ópticos para o armazenamento de dados.
Para realizar a experiência foi utilizado um filme de óxido de prata com cerca de 20 nanómetros de espessura, que foi iluminado com uma luz de cor azulada com um comprimento de onda específico de 515 nanómetros.
Logo após esta exposição luminosa, o Dr. Dickson observou que a área exposta ficou fotossensível, e uma segunda exposição da mesma área a uma luz com comprimento de onda superior ao primeiro fez com que aquela ficasse fluorescente.
Deste modo, o filme de óxido de prata poderá vir a ser utilizado para armazenamento de dados visto que a área fluorescente parece ser composta por ''clusters'' de prata formados com cerca de oito átomos cada, o que pode levar a uma alta densidade de armazenamento.
Apesar do efeito resultante de todo este processo não ser conhecido em detalhe, Dickson acredita que a luz azul forneceu energia necessária para que alguns átomos de prata se dissociassem dos átomos de oxigénio, agrupando-se em pequenos grupos que se tornaram pontos de atracção para electrões que, posteriormente iluminados, poderiam ser activados produzindo fotões, um processo que seria utilizado para gravação e leitura de dados.
Nas palavras do próprio Robert Dickson, ''outras experiências similares com compostos químicos com prata mostraram resultados similares a temperaturas muito baixas, pelo que estes resultados que obtivemos em temperatura ambiente nos deixaram surpresos''.
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