O cientista Charles Arntzen da Universidade do Arizona acredita que através de modificações genéticas, a banana poderá vir a ser utilizada nos países mais pobres do terceiro mundo para a administração de vacinas, uma vez que é um fruto vulgar e que aparece em grande quantidade naqueles países.
Em muitos dos países pobres, a administração das vacinas torna-se muito cara, fazendo com que cerca de 20% das crianças no mundo inteiro sejam vulneráveis às doenças. Além disso, a utilização de seringas e agulhas ainda pode ser um veículo de transmissão de outras doenças.
Arntzen chegou à conclusão que algumas plantas poderiam ser modificadas para produzirem determinadas proteínas que, quando ingeridas, podem influenciar o sistema imunitário a produzir anticorpos antes da doença se manifestar.
No entanto, Arntzen não começou os testes com bananas, uma vez que são difíceis de manipular geneticamente. Por isso testes iniciais foram feitos com batatas e tomates, testados em humanos e ratos, tendo sido produzido o efeito imunitário desejado sem efeitos colaterais sérios. O único entrave era o facto dos pacientes terem de comer muitas batatas, e terem de comê-las cruas, uma vez que se fossem cozinhadas prejudicariam as proteínas.
Os estudos devem prosseguir para que os pacientes não tenham de comer uma grande quantidade de vegetais para conseguirem o efeito desejado, tendo os cientistas de aumentar a concentração ou o efeito das proteínas nos frutos, o que, segundo Arntzen, é uma questão de tempo.
