Os investigadores sobre a ''transdução de sinais do sistema nervoso'', ''novas tecnologias de informação'' e ''polímeros com capacidade de condução eléctrica'' são os vencedores dos prémios Nobel nas áreas da Medicina, Física e Química, respectivamente.
O Nobel da Medicina foi atribuído a três professores universitários - Arvid Carlsson (sueco), Paul Greengard (norte-americano) e Eric Kandel (norte-americano) - devido ao seu trabalho dedicado à ''transdução de sinais no sistema nervoso''.
Este estudo foi considerado crucial para a compreensão do funcionamento normal do cérebro, dado que permite perceber como distúrbios na ''transdução sináptica lenta'' (o mecanismo através do qual as células nervosas comunicam entre si) pode provocar problemas neurológicos graves, como é o caso da doença de Parkinson.
Quanto ao Prémio Nobel da Física , a Academia Real Sueca das Ciências distinguiu os trabalhos de investigação sobre novas tecnologias da informação realizados pela dupla russo-germânica Zhores Alfrov e Herbert Kroemer e pelo norte-americano Jack Kilby.
A Academia considerou que estes investigadores lançaram as bases para o desenvolvimento das tecnologias da informação como nós as conhecemos hoje em dia, nomeadamente o desenvolvimento de semi-condutores (pela dupla Alferov/Kroemer) e a contribuição de Kilby para a invenção dos circuitos integrados.
Por fim, o Prémio Nobel da Química foi partilhado por dois cientistas norte-americanos e um japonês: Alan Heegere, Alan MacDiarmid e Hideki Shirakawa.
Esta distinção ficou a dever-se às suas investigações na área dos polímeros, nomeadamente a possibilidade de, mediante algumas modificações, poderem conduzir electricidade, perdendo as suas ''tradicionais'' características isoladoras.
Para além da distinção atribuída pelo Instituto Karollinska , cada Prémio Nobel corresponde a um valor monetário de um milhão de dólares (cerca de 230 mil contos), que nestes três casos terão que ser divididos pelos laureados.
