De facto, algo estava para acontecer. Depois de anunciar um serviço de Internet grátis (com chamadas grátis) para o Reino Unido, a AltaVista passou seis meses remetida ao silêncio, alimentando rumores sobre o futuro do serviço.
O adiamento do arranque do serviço era ainda mais estranho quando a AltaVista já tinha recolhido cerca de 274 mil pré-inscrições.
Para dissipar todas as dúvidas, a AltaVista divulgou um comunicado onde afirma que ''o estado actual do mercado de telecomunicações britânico não permitiu à empresa arrancar com o serviço gratuito dentro dos prazos originalmente delineados''.
Diplomaticamente, a empresa norte-americana remete parte das responsabilidades para o operador histórico britânico, a British Telecommunications (BT), que, alegadamente, não terá proporcionado as melhores condições (leia-se financeiras) para que um serviço de acesso à Internet gratuito com chamadas gratuitas fosse viável.
A AltaVista defende que a fraca concorrência existente no mercado de acesso local britânico leva a BT a praticar preços demasiado elevados pelo aluguer dos seus circuitos.
Mas, neste caso, coloca-se uma questão: a AltaVista não deveria prever todos os custos de um serviço antes de o anunciar?
