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Computador químico com ADN
(Lusa) - Os filamentos de ADN (ácido desoxirribonucleico) podem tratar informação, segundo um grupo de investigadores norte-americanos que utilizou material genético como
''computador químico''.
Os cientistas indicaram que o ''computador químico'' mostrou capacidade para resolver problemas de cálculo mais complexos do que os computadores tradicionais.
Os resultados do estudo, que a revista Nature revela na edição de quinta-feira, mostram que as espirais de ADN não se limitam a armazenar informação, mas são capazes de a tratar.
A equipa de cientistas dirigida por Lloyd Smith, da Universidade do Wisconsin, colocou os dados de um problema em forma de sequências genéticas e utilizou características químicas dos filamentos de ADN para eliminar rapidamente as soluções incorrectas.
Os investigadores codificaram nos filamentos de ADN todas as soluções possíveis, sob a forma de sequências genéticas. Estas foram expostas a outros filamentos de ADN, alguns com as sequências genéticas complementares, correspondentes a um dos critérios requeridos para a solução correcta do problema.
As soluções incorrectas (que não preenchiam os critérios fixados) correspondiam a filamentos de ADN que não se uniram (através de atracção química) aos seus complementares, tendo sido por isso destruídas por uma enzima que ataca os ''celibatários''.
Os filamentos ''sobreviventes'' foram os que preencheram todos os critérios exigidos. Uma vez descobertos puderam ser descodificados para fornecer as soluções correctas do problema.
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