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| 30/11/99 - Lusa | Enviar por email Versão impressora | |
| Portugal e o ano 2000 | ||
(Lusa) - O ministro da Ciência e da Tecnologia disse à Agência Lusa que o bug do ano 2000 (Y2K) não causará perturbações nos sectores que são fundamentais para a vida dos cidadãos.
Segundo José Mariano Gago, ''como é preciso jogar pelo seguro'', o Governo tem montados planos de contingência para qualquer eventualidade. ''Se tudo correr em Portugal como esperamos, relativamente ao bug 2000, poderemos dizer que há males que vêm por bem'', disse também o presidente da Missão para a Sociedade de Informação, Dias Coelho. O responsável, líder de uma estrutura de Missão do Ministério da Ciência e da Tecnologia, falava a propósito do relatório nacional sobre o problema informático designado por bug 2000 (Y2K), que hoje deverá ser apresentado em conselho de ministros pelo ministro da pasta Mariano Gago. Dias Coelho indicou que o relatório apresenta uma situação global que permite encarar com tranquilidade a passagem de ano, em todos os sectores essenciais da vida do país, desde a banca aos seguros, passando pelos portos, aeroportos ou transportes terrestres e abastecimento de energia e água. Notou que nem todas as autarquias responderam ao inquérito sobre a situação na área do saneamento, mas disse que não há motivo para alarme. Segundo Dias Coelho, a Missão que dirige terá em funcionamento na passagem do ano um gabinete de acompanhamento para centralizar informação relativamente a Portugal e verificar como tudo se vai passar a Oriente, onde a passagem para 2000 começará 13 horas antes. ''Se nada acontecer de perturbador em Portugal, como tudo leva a crer de acordo com os resultados dos inquéritos que realizámos, a situação criada pelo bug 2000 terá sido muito útil, o país sairá dela fortalecido, mais moderno, em termos informáticos''. Disse Dias Coelho. Mariano Gago explicou que o Governo decidiu, sobre o bug 2000, responsabilizar cada ministro pela área tutelada e que cada ministério constituiu uma ''task force'' ano 2000. Os inquéritos promovidos pelos diversos ministérios aos respectivos sectores foram activando soluções e a situação comunicada à Missão para a Sociedade de Informação (Ministério da Ciência e da Tecnologia). ''A um mês da passagem de ano, tanto quanto é humanamente possível, estamos tranquilos'', disse Mariano Gago. O ministro, para quem a passagem de ano será junto dos técnicos que estiverem de prevenção a acompanhar a evolução da situação, alertou para o facto de não se poder imputar a qualquer problema informático às consequências de um aumento inusitado de movimento, aliás provável, nos aeroportos ou nas máquinas de pagamento automático dos bancos.
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