O operador de telecomunicações SFR efectuou o primeiro pagamento relativo à licença UMTS para operar no mercado francês, num valor próximo dos 619 milhões de euros.

Mas a empresa do grupo Vivendi Universal exigiu negociar com o Governo francês uma redução no custo global da licença, avaliada em 4.950 milhões de euros.

Metade daquele valor deve ser pago nos primeiros dois anos, dos 15 em que a licença é válida. O segundo pagamento deverá ser efectuado até ao final de Dezembro, mas a SFR poderá bloquear a operação.

Em comunicado, a empresa considera que existe um ''novo contexto económico'', determinado pelo fracasso do concurso para atribuição das licenças UMTS, em França.

A SFR, juntamente com a Orange (filial de comunicações móveis da France Telecom), foram os únicos operadores a levarem a sua candidatura até ao fim do concurso, tendo ficado duas licenças por atribuir.

Na altura, o governo francês prometeu organizar um novo concurso para adjudicação das restantes licenças, mas até à data ainda não foram revelados pormenores sobre o calendário nem sobre as modalidades.

Os dois operadores já licenciados receiam que as novas licenças sejam atribuídas a preços mais baixos e a Orange admite mesmo cancelar os pagamentos, depois de Dezembro, enquanto não forem conhecidas as condições do novo concurso.

Sobre a posição da SFR, o ministério francês da Economia e Finanças confirmou apenas ter recebido o pagamento, ''sem quaisquer condições'', garantindo que mantém contactos ''normais'' com os operadores e que não assumiu nenhum compromisso em relação ao montante ou ao calendário dos pagamentos.

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