Afinal, o mapa do genoma humano é mais complexo do que se chegou a pensar. Em Fevereiro passado, os cientistas chocaram meio mundo ao afirmar que o ADN do ser humano pouco mais complexo era do que o de uma mosca. Agora, uma nova teoria do Instituto do Genoma da Fundação de Investigações da Novartis, na Califórnia, revela que a formação de um ser humano necessita de mais do que os 30 mil genes sequenciados.

No início do ano, duas equipas de cientistas - da empresa Celera Genomics e do Instituto de Investigações do Projecto Genoma Humano - tinham anunciado a sequenciação do Mapa da Vida. O ser humano, de acordo com estes estudos, era composto por 25 a 30 mil genes, o dobro dos existentes numa mosca.

Depois de compilar os dois trabalhos, os investigadores da Novartis concluíram agora que muitos dos genes identificados por cada uma das equipas não se repetem nos trabalhos. Contas feitas, o resultado final do Mapa da Vida poderá variar consideravelmente, em relação ao apontado em Junho passado.

Não são novos os estudos, que apontam para a existência de mais genes do que os 30 mil sequenciados. Há semanas, um investigador da Human Genoma Sciences, em Maryland, tinha elevado o número de genes para os 120.000. Um valor que os outros cientistas consideraram exagerado.

Com o novo estudo da Novartis, publicado na revista Cell, a comunidade científica acredita que os números agora apresentado são mais razoáveis.

O número de genes de um organismo é directamente proporcional à complexidade do mesmo. No caso do ser humano, os investigadores acreditam que poucos milhares de genes podem dirigir centenas de milhares de proteínas.

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