A pirataria de software verificou um ligeiro aumento a nível mundial, no ano passado, o que significa a inversão do declínio verificado nos últimos seis anos. A conclusão partiu de um estudo da Business Software Alliance (BSA), um grupo de produtores de software, que, há alguns anos, estuda o fenómeno.

Assim, estima-se que 37 por cento dos programas utilizados a nível mundial são cópias ilegais. A esta percentagem correspondem perdas na ordem dos 2,7 mil milhões de contos, uma ligeira descida face ao estudo anterior, que se ficou a dever ao crescimento do mercado e à descida de preços, de acordo com o BSA.

Aquele organismo aponta para que uma em cada três aplicações de software foi pirateada em 2000. No topo da lista dos prevaricadores estão o Vietname, onde 97 por cento do software é ilegal, seguido pela China (94 por cento) e pela Indonésia (89 por cento).

Em Portugal este número desce para 42 por cento, uma descida face ao ano passado (47 por cento) e um valor aquém dos 66 por cento verificados na Grécia, o país mais infractor da Europa Ocidental. Nesta região, o Reino Unido e Dinamarca apresentam as taxas mais baixas, que rondam os 26 por cento.

De salientar que vários países da Europa Ocidental não diminuiram as suas taxas de pirataria, entre os quais se encontram grandes mercados, como a França, Alemanha, Reino Unido, Áustria, Itália, Suécia e Suíça. Analisando o problema por regiões, conclui-se que a Europa de Leste, o Médio Oriente e África, a Ásia e o Pacífico e a América Latina apresentam as taxas mais preocupantes.

''Apesar da diminuição dos números em alguns países, a pirataria de software continua a roubar milhares de postos de trabalho e ainda mais em salários e receitas de impostos'', afirmou Robert Holleyman, presidente da Business Software Alliance.

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