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As rolhas de cortiça portuguesas contaminadas com microorganismos, responsáveis pela deterioração de uma quantidade considerável de vinho todos os anos, vão passar a ser submetidas a um processo de tratamento com microondas.
O projecto, desenvolvido por um laboratório alemão a pedido de um consórcio de quatro empresas europeias, entre as quais a portuguesa Juvenal Ferreira da Silva de Santa Maria de Lamas, é financiado a 50 por cento pela Comissão Europeia.
Todos os anos, calcula a Comissão Europeia, uma quantidade de vinho avaliada em cerca de 500 milhões de euros (100 milhões de contos) é inutilizada na União Europeia (UE) devido à deterioração do líquido por reacção com microorganismos naturais presentes em certas rolhas de cortiça.
O processo desenvolvido pelo laboratório alemão, que começará agora a funcionar nas empresas que o encomendaram (duas alemãs, uma espanhola e uma portuguesa), consiste na ''injecção'' de microondas de muito baixa intensidade no interior da rolha, eliminando os agentes potencialmente nocivos para o vinho.
As pequenas e médias empresas em causa apresentaram em 1998 uma candidatura conjunta a financiamento comunitário para o desenvolvimento deste projecto de investigação ao abrigo do programa CRAFT.
O executivo comunitário, que recebeu de 1994 a 1998 14.500 candidaturas para projectos ao abrigo do programa CRAFT , aprovou a investigação proposta pelo consórcio e, como sucede habitualmente nestes casos, financiou 50 por cento dos custos de investigação.
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