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  17/02/2000 - Lusa Enviar por email   Versão impressora
TV Digital discutida em Lisboa
 
  (Lusa) - A televisão digital vai permitir a multiplicação do número de canais e um novo tipo de relação com o espectador, uma discussão a desenvolver quinta e sexta-feira na Conferência Europeia sobre a Televisão Digital Terrestre.

A Conferência, que decorrerá em Lisboa, está integrada no programa da Presidência Portuguesa da União Europeia, sendo organizada pelo Instituto de Comunicações de Portugal (ICP) e Instituto de Comunicação Social.

A reunião deverá contar com a presença de representantes das diferentes instituições comunitárias, peritos das administrações dos Estados membros, profissionais nacionais e estrangeiros de telecomunicações, operadores de televisão, consumidores e reguladores.

As vantagens da televisão digital terrestre são múltiplas: desaparecem as perturbações da imagem (os chamados fantasmas), multiplicam-se o número de programas por canal (na televisão analógica um canal é igual a um programa) e podem surgir novos tipos de serviços.
Um tipo de cobertura global e a possibilidade de se estabelecer uma relação de maior interactividade com o telespectador levaram Francisco Rui Cádima, presidente do Observatório da Comunicação, a afirmar à Agência Lusa que é de uma ''nova relação do espectador com a televisão'' que se trata.
''A libertação de espaço no espectro radioeléctrico constitui uma vantagem importante da televisão digital'', sublinhou o director técnico da SIC, Trigo de Sousa, tendo em conta que este era até agora um bem escasso.

Para o consumidor final, a introdução da televisão digital vai implicar a compra de um aparelho descodificador (Set Top Box), que poderá custar entre 50 e 100 contos, ou, no futuro, uma televisão digital, uma opção mais dispendiosa, já que actualmente o custo deste aparelho pode atingir os milhares de contos.
Embora haja quem compare a transição do analógico para o digital ao aparecimento da televisão a cores, o director técnico da SIC considerou que ''vai ser necessário estimular os espectadores para investirem nesta mudança'', o que passa necessariamente por uma gestão criteriosa dos conteúdos.

Uma das questões ainda por resolver no campo da televisão digital é a de como se irá processar o período de transição, em que, provavelmente, ambos os sistemas terão de coexistir.
''Se os operadores de televisão não forem ressarcidos de alguma forma, a coexistência pode ser complicada porque o aluguer de duas redes implica custos muito elevados'', explicou Trigo de Sousa em declarações à Agência Lusa.
De acordo com o presidente do Observatório da Comunicação, é difícil definir quanto poderá durar esse período, que poderá ser estipulado em função da receptividade do público.
''Tem de haver um apoio do Estado'', afirmou Francisco Rui Cádima, que salientou o exemplo irlandês em que é o Governo que financia os aparelhos necessários à descodificação.

A norma genérica de emissão na Europa já está decidida, o DVB-T (Digital Video Broadcasting for Terrestrial Television), tendo já sido adoptada pela Austrália com a possibilidade de se seguir a América Latina, uma vitória da Europa sobre a norma em vigor nos Estados Unidos.
Um dos problemas mais complicados no momento prende-se com o esgotamento do mercado publicitário nacional. ''Quando existirem novos programas, estes terão de ser pagos'', explicou o director técnico da SIC.
Falta saber quantos consumidores estarão dispostos a pagar, num processo que, em Portugal, deverá ter início ainda em 2000, com o lançamento do concurso público para a exploração da plataforma de televisão digital terrestre.

O presidente do ICP, Luís Nazaré, anunciou recentemente que a atribuição das licenças deverá ocorrer em Janeiro de 2001, prevendo-se que as operações se iniciem em 2002, significando um investimento em infra-estruturas da ordem dos 100 milhões de contos.

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