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| 17/02/2000 - Lusa | Enviar por email Versão impressora | |
| Arquivos da RTP na Internet? | ||
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(Lusa) - Aceder de forma simples, através da Internet, aos arquivos digitalizados da RTP é um objectivo agora mais fácil de concretizar com o Vidion (Video Digital on-line), apresentado ontem pelos responsáveis do projecto. ''O investimento no futuro passa pela disponibilização pública do máximo de informação produzida por entidades públicas, o que é absolutamente essencial'', admitiu o ministro da Ciência e da Tecnologia, Mariano Gago, durante a demonstração do Vidion. ''É urgente a colocação de conteúdos na Internet, até porque a noção de serviço público tem de se adaptar à mudança dos tempos'', disse o ministro. A imagem de Portugal na rede, notou, ainda é muito fraca e abaixo das suas possibilidades. Os conteúdos existem, há know how por parte dos responsáveis e a capacidade de os dinamizar, disse Mariano Gago. Este procedimento é também um desafio para a Europa, incentivando-a a fazer face à política norte-americana de disponibilização na Internet dos conteúdos produzidos por entidades públicas, explicou. O projecto Vidion é orientado para a aérea dos arquivos digitais de televisão. Possui uma arquitectura versátil que distingue diferentes tipos de arquivo, dependendo da qualidade do material (qualidade total, browser e Internet) e da acessibilidade do mesmo (on-line, near on-line e off-line). Como integra o processo de aquisição, arquivo, anotação, pesquisa e edição, o vidion é uma ferramenta de trabalho que rentabiliza o processo de gestão de um arquivo também adaptável às pequenas produtoras de video. Através do sistema (com funcionamento Intranet e Internet) será possível a ligação entre as instalações da RTP na Avenida 5 de Outubro, arquivo da empresa no Prior Velho e as instalações do INESC (Instituto de Engenharia de sistemas e Computadores) no Porto. Video Digital on-line foi financiado pelo programa Praxis do ministério de Ciência e da Tecnologia e é um consórcio integrado pela RTP, o INESC Porto e o Europarque. Segundo a engenheira Paula Viana, do INESC, é impossível dizer quando o serviço estará acessível ao público. ''Ainda estamos num processo de digitalização dos conteúdos'', acrescentou. Sobre os conteúdos que estarão disponíveis ao público através da Internet, Paula Viana explicou que tudo ''vai depender da política da RTP''. Mas a baixa qualidade da imagem obtida, referiu, originada pela pouca largura de banda, não inviabiliza a utilização comercial dos arquivos digitalizados. ''O acesso geral aos arquivos serve, por exemplo, investigadores e estudantes, mas também a própria RTP, pois é uma forma das empresas interessadas acederem a conteúdos que posteriormente comprarão'', disse.
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