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  19/09/2000 - José Borregana Enviar por email   Versão impressora
O futuro dos processadores
 
  O futuro dos processadores Os avanços tecnológicos na fabricação de processadores cada vez mais pequenos e rápidos está a elevar os níveis de competitividade dos principais fabricantes. No mercado dos processadores para PCs a Intel e a AMD digladiam-se apresentando propostas cada vez mais avançadas.

O futuro do fabrico dos processadores para PCs domésticos está ainda algo incerto mas as últimas grandes novidades da Intel e AMD já desvendam bastante sobre o que serão as próximas propostas para os meses vindouros. Caso pretenda comprar um novo computador convém estar atento quanto ao ''coração'' que vai colocar na sua máquina tendo em conta qual a função a que se destina, qual o preço a despender e o tempo que está disposto a esperar por aquela ''tal'' novidade.

Em Março a barreira do 1 GHz, ou seja 1000 MHz, no mercado de computadores pessoais foi finalmente ultrapassada, com o lançamento do processador AMD Athlon 1 GHz. Passados poucos dias a Intel apresentou também o seu Pentium III 1 GHz.

As grandes rivais
A batalha comercial entre a Intel e a AMD continua, com ambas as empresas a lançarem processadores mais rápidos neste Verão. Enquanto a Intel lançou o seu problemático Pentium III 1.13GHz, a AMD lançou o seu novo Athlon com uma frequência de 1.1GHz.

Actualmente a parada está muito elevada no que toca ao domínio pelo título da rapidez. O ritmo competitivo tem obrigado ambas as empresas a lançar para o mercado computadores de alta gama e a grande velocidade, apesar de não terem capacidade de produção para acompanhar as encomendas. Assim, os protestos por falta de stocks não têm parado e as encomendas avolumam-se, tornando os processadores mais rápidos muito caros.

A Intel: o gigante
Actualmente a Intel tem duas estratégias para o fabrico de processadores: a continuação dos seus x86 a 32 bits que são o que se poderia chamar a norma do mercado dos processadores; e a introdução de processadores com a arquitectura 64-bit EPIC (Explicitly Parallel Instruction Computing).

Os próximos Pentium 4 serão a maior alteração em x86 de 32 bits que a Intel faz desde há 5 anos. Apesar da Intel ainda não ter revelado muitos dados, é certo que pretende manter a arquitectura de 32 bits por muitos anos, servindo de base para muitas aplicações e sistemas operativos. Alguns analistas predizem que dentro de 20 anos ainda serão utilizados produtos X86 (uma má notícia para os programadores que sempre se queixaram desta arquitectura, dada a sua complexidade de instruções e limitações nos cálculos de vírgula flutuante).

No segmente mais económico a Intel vai apostar no Timna que, se não sofrer mais atrasos, estará já no mercado no primeiro semestre de 2001. O Timna é o primeiro processador integrado desenvolvido pela Intel. Com tecnologia baseada no P6, é o primeiro processador da Intel que combina a unidade central de processamento, um controlador de memória e um controlador gráfico. A Intel prevê lançar a primeira versão a 700MHz de velocidade.

Os 64 bits
O Itanium, o primeiro processador da Intel a 64 bits será também capaz de correr a maioria das aplicações de 32 bits e o seu lançamento deve ainda ocorrer no fim deste ano, destinado, para já, a servidores e workstations.

Na forja está o processador McKinley que terá o dobro da capacidade e performance do Itanium, e que só surgirá na segunda metade de 2001. Prevê-se ainda o lançamento do Madison algures em 2002, com conecções de cobre de 0,13 mícron destinado também a servidores e workstations mas para preços mais acessíveis. Existem também rumores sobre o nome de código Northwood que surgirá a 3 GHz em meados de 2003. Mas a maioria dos peritos é unânime ao afirmar que este tipo de processadores a 64 bits só deverão chegar aos PCs domésticos dentro de cinco ou dez anos devido aos seus elevados custos.

A AMD: a rival
A AMD fez um tremendo avanço com a arquitectura do Athlon, lançado no ano passado. De facto este processador é já um sucesso graças às tecnologias modernas com que foi desenhado e fabricado. Em testes independentes o Athlon tem batido consistentemente os Pentium III à mesma velocidade relógio. O Atlhon tem ainda mais margem de manobra para evoluir. Contudo ainda existem muitas dúvidas sobre se o Athlon será capaz de superar a barreira dos 2 GHz, uma vez que a AMD nunca revelou muitos detalhes sobre as capacidades do Athlon.

A AMD tem em agenda o Sledgehammer, um processador compatível com a arquitectura x86 e um novo mode de 64 bits que deverá ser lançado em finais de 2001. O processador K9 está ainda no segredo dos deuses, e deverá substituir o Athlon em inícios de 2002. A AMD deverá ter uma política semelhante à da Intel, fabricando processadores 32 bits para o mercado doméstico e processadores de 64 bits compatíveis com o X86 para servidores nos próximos 5 anos.

Tendo os nomes código de Corvette e Camaro, os processadores que a AMD tem projectado para os computadores portáteis têm a arquitectura baseada no Athlon e Duron, tendo no entanto pequenas modificações, que permitirão um menor consumo energético por parte dos mesmos. Além disso, ambos terão a tecnologia PowerNow da AMD, que promove uma redução do consumo energético quando o portátil está desligado da corrente. Uma aposta clara nos PCs portáteis.

Segmentos de mercado
Para o mercado dos processadores de gama baixa, a Intel propõe o seu Celeron (já com provas dadas) e a AMD lançou recentemente a série Duron que tem arquitectura baseado nos processadores Athlon. O novo processador, pertencente à ''família'' Duron, que substituiu o K-6 II, apresenta 192KB de memória cache (primária e secundária) e 200MHz de velocidade de bus. Este processador é o concorrente directo do processador Celeron da Intel, que prevê lançar versões do seu processador com 733MHz e 766MHz de velocidade de processamento até ao final do ano.

A Transmeta: um novo jogador
A Transmeta, uma empresa do co-fundador da Microsoft, Paul Allen, com sede em Santa Clara, vai vender equipamentos com o seu revolucionário processador Crusoe. O processador Crusoe foi lançado pela empresa no último mês de Janeiro, e devido ao seu baixo consumo energético a Transmeta espera que o Crusoe venha a duplicar a vida útil da bateria dos portáteis.

Entrando num nicho de mercado onde a AMD e a Intel não têm tido grandes sucessos, a Transmeta é ainda uma incógnita, mas a versatilidade do seu processador Crusoe poderá não só conquistar o mercado dos computadores portáteis como também as novas gerações de aparelhos Web, que poderão fazer seria concorrência aos PCs nos próximos anos.

O Crusoe foi desenvolvido em grande sigilo nos dois últimos anos, e só em Janeiro foram revelados os dados do processador capaz de correr Windows e outros sistemas operativos, de uma forma mais rápida e eficaz que os processadores actuais da Intel.

O Crusoe além de ter um preço muito barato tem um quarto do tamanho dos processadores da Intel, e apresenta um consumo dinâmico de energia baixo (varia conforme as exigências de processamento), tornando-o um processador ideal para computadores portáteis ou outros equipamentos electrónicos autónomos.

As tendências
O design dos processadores vai continuar certamente a aumentar a sua complexidade. O conjunto de instruções embebidas no processador serão mais completos, os caches internos aumentarão substancialmente. Outra tendência será a integração dentro do processador de controladores gráficos e de memória. Esta medida permitirá aumentar significativamente a performance e baixar custos para os fabricantes de computadores pois não serão necessários tantos componentes.

A Lei do passado e futuro
Uma observação de 1965, de um co-fundador da Intel, chamado Gordon Moore, que ficou vulgarmente conhecida por Lei de Moore promete continuar válida por muitos anos. Segundo esta observação, o número de transístores por polegada quadrada num circuito integrado duplica a cada ano que passa. Embora tenha abrandado a velocidade nas últimas décadas, o postulado foi revisto. A Lei de Moore revista indica que o número de transístores por polegada quadrada duplica cada 18 meses. Tem-se mantido válida e espera-se que durante as próximas duas décadas este princípio funcione.

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