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A experiência, levada a cabo na Davis School of Medicine and Medical Center da Universidade da Califórnia, consistiu no transplante de células da córnea desenvolvidas em laboratório, a partir da córnea do próprio paciente ou através de uma doação.

Num universo de 14 pessoas com graves problemas de visão, esta experiência pioneira conseguiu restaurar ou melhorar a visão de 10 pacientes.

Os cientistas usaram as últimas técnicas de ''engenharia biológica'' para conseguir desenvolver a córnea em laboratório, a partir de células do próprio paciente (sempre que possível) ou através de um doador. Técnicas semelhantes são utilizadas para fazer ''crescer'' a pele em situações de queimaduras graves.

As células da córnea têm como função proteger os olhos de agressões mas em situações extremas - fogo, radiações químicas ou doenças e tumores graves - as células são destruídas, impedindo a sua substituição e provocando graves problemas de visão.

Nestes casos, um tradicional transplante da córnea, a partir de um doador, não é suficiente.

A técnica utilizada coloca cada célula da córnea numa pequena membrana, capaz de lhe dar uma estrutura que suporte o seu crescimento. A partir daqui, as células vão-se reproduzindo até ser possível transplantá-las para a córnea lesionada, possibilitando a melhoria da visão.