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Uma câmara de raios gama anteriormente utilizada para o estudo de raios cósmicos está agora a ser utilizada na luta contra o cancro do seio, podendo, através das suas imagens, detectar a amplitude do alastramento do tumor. Para isso o paciente é injectado com elementos radioactivos emissores de raios gama que então serão detectados pela câmara nos gânglios linfáticos.

Até agora, a única maneira de detectar o tumor era através da remoção dos gânglios linfáticos de baixo do braço para análise. Esta cirurgia além de criar problemas estéticos também tinha complicações pós-operatórias.

Utilizando a câmara de raios gama, os cientistas podem localizar um determinado gânglio, denominado ''sentinela'', que se encontra próximo do tumor. E segundo pesquisas, se este gânglio não estiver com cancro, o resto do sistema linfático também não está.

Assim os cientistas podem extrair este gânglio com uma cirurgia bastante simples, tendo ainda 95,5% de hipóteses de determinar o alastramento do cancro.

A câmara está a ser desenvolvida no Reino Unido pelo estudante da Universidade Southampton, Matthew Dallimore, que encontrou nesta utilização médica uma maneira de conseguir mais fundos para as pesquisas.