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As eleições para a presidência dos EUA tiveram um vencedor inesperado: a Internet. Na ânsia de conhecer os resultados eleitorais, os cibernautas inundaram os principais sites noticiosos, que bateram todos os recordes de visualizações. O site da CNN contabilizou cerca de 75 milhões de visualizações (o anterior recorde era de 40 milhões), e a ABCNews 23 milhões. Os responsáveis do MSNBC estimaram em cinco milhões os visitantes do seu site (não confundir visitantes com visualizações).

O facto de, até ao momento da redacção desta notícia, o vencedor das eleições ainda não estar encontrado (a recontagem dos votos no Estado da Flórida e os votos por correspondência ainda podem modificar a previsível vitória de George W. Bush), também contribui para esta ''fome'' de informação on-line.

Apesar de alguns sites terem divulgado as sondagens em primeira mão, declarando a vitória de Bush, as constantes reviravoltas registadas no processo de contagem dos votos levou-os a emendar as projecções, tendo gerado alguma confusão na cabeça dos cibernautas. Confusão essa que ainda persiste, dado que alguns sites ainda têm notícias contraditórias sobre quem irá suceder a Bill Clinton.

No entanto, o acompanhamento das eleições tem sido feito minuto-a-minuto, com resultados por Estado e declarações dos mais variados quadrantes políticos. O mesmo acontece em Portugal. Como exemplo, o Público - Última Hora tem um dossier especial, onde acompanha as eleições ''em tempo real''.

Entretanto, os responsáveis pelos sites dos Comités dos dois maiores partidos norte-americanos, o Partido Republicano e o Partido Democrata, vieram a público denunciar ataques às suas páginas Web. Como é normal nestas alturas, os hackers dedicaram-se a alterar o conteúdo das páginas e a colocar mensagens de apoio ao candidato do outro partido. Ou seja, mensagens de apoio a Al Gore no site do Comité do Partido Republicano e mensagens de apoio a Bush no site do Comité do Partido Democrata.