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O consórcio PTDP, vencedor da licença para a televisão digital terrestre em Portugal, terá que iniciar a sua actividade comercial até final de Agosto de 2002. Esta é uma obrigação decorrente da emissão, por parte do Instituto das Comunicações de Portugal (ICP), da respectiva licença.

A licença é válida desde 9 de Outubro deste ano, o mesmo é dizer que o consórcio PTDP - liderado pelo grupo SGC, de João Pereira Coutinho, e que integra ainda a RTP e SIC - já pode começar a instalar a sua plataforma de televisão digital terrestre, num investimento de 132 milhões de contos (mais de 658 milhões de euros).

O consórcio vencedor apresentou uma candidatura onde se incluem, como parceiros, a Vodafone, Sonae, Lockheed Martin e Lucent. Para além disso, a PTDP propôs 60 canais de televisão, serviços de telecomunicações (televisão interactiva, telefone, Internet, videoconferência) e uma rede de TDT sem fios, recorrendo às comunicações via Broadband Fixed Wireless Acess (BFWA), ou seja Acesso Fixo de Banda Larga via Rádio (implica a instalação de uma antena de 30 cm de diâmetro no telhado, que será partilhada por vários utilizadores) para retorno.

Quanto aos preços, a assinatura mensal custará 2.340 escudos ou 11.67 euros (não inclui os serviços de telecomunicações) enquanto que a set-top-box terá um preço de 23.400 escudos (116.72 euros). Por fim, e no que diz respeito à cobertura territorial, a PTDP propôs, no final do primeiro ano de actividade, uma cobertura de 86 por cento, em 2004 uma cobertura de 95.5 por cento e 99.2 por cento em 2005.

A TDT irá substituir a actual rede analógica mas irá decorrer um período de transição até 2007, destinado a permitir que os consumidores possam fazer a reconversão dos seus receptores. Será garantido aos cidadãos o acesso gratuito e aberto aos actuais canais nacionais, em Portugal Continental, e aos canais nacionais e regionais nos Açores e na Madeira. Ainda este ano será lançado um concurso para o licenciamento de três novos canais.