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11 Jan 2002 por Armindo Silva  
Frank Herbert's Dune

Depois de alguns jogos que se debruçaram sobre o romance de 1965 de Frank Herbert, é a vez da Cryo Interactive colocar à disposição dos jogadores este jogo de acção e aventura.

 

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Dune, o conhecido romance de 1965 de Frank Herbert, tornou-se num livro de culto entre os apreciadores da ficção científica. Em 1984, o filme de David Lynch, com o mesmo nome, veio reforçar o culto, embora tenha gerado muitas críticas que afirmaram que o conhecido realizador havia feito diversas mudanças em relação à história original.

Dos filmes para os jogos foi o passo seguinte, tendo surgido o primeiro jogo de aventura com o nome Dune, também pelas mãos da Cryo Interactive, e um pouco mais tarde o sucesso Dune II da Westwood, que foi o precursor dos jogos de estratégia em tempo real. Um estilo que haveria de ficar marcado com a introdução de Command & Conquer.

O novo jogo da Cryo

Frank Herbert's Dune é a mais recente investida da Cryo Interactive no Universo de Dune, sendo caracterizado como um jogo de acção e aventura onde o jogador assumirá o papel do jovem Paul Atreides, controlando a personagem na perspectiva de terceira pessoa.

A história do jogo é similar ao livro, onde a Casa Atreides é enviada para assumir o controlo do planeta Arrakis, também conhecido por Dune. Arrakis é a fonte do precioso Spice, substância valiosa para a civilização, sendo utilizada para o comércio e até mesmo para viagens espaciais.

Todavia, o controlo dos Atreides é interrompido pela Casa Harkonnen, que elaborou um plano para assumir o controlo de Arrakis e que resultou na morte do Duke, pai de Paul Atreides.

Paul e sua mãe, Jessica, iniciam a sua fuga, acabando por conseguir abrigo no deserto junto dos Fremen, começando então a planear a sua vingança contra os Harkonnen, sendo neste ponto da história onde começa o nosso jogo.

Movimentos: um pouco a desejar...

Apesar do tema aliciante, a Cryo Interactive poderia ter colocado um pouco mais de esforço no desenvolvimento do jogo, uma vez que nos deparamos com alguns pormenores que podem ser uma verdadeira chatice para os jogadores.

A movimentação de Paul é um destes pormenores. Como já mencionado, controlamos Paul na perspectiva de terceira pessoa e ao longo do caminho não será difícil ao jogador ver que Paul fica preso junto de personagens e outros objectos, mesmo quando se encontra na vizinhança dos mesmos, o que nos leva a ''desesperar'' nos comandos.

Este facto demonstra uma falta de atenção no design do jogo, algo que pode ser mais uma vez comprovado na segunda missão que nos é proposta. Nela temos de ajudar Paul a escapar de uma Sand Worm no deserto, sendo que ele vem a correr em direcção à câmara dificultando a visão de uma série de pontos ao longo do terreno de jogo com areia movediça. Escusado será dizer que, por não localizarmos bem estes pontos graças ao pobre ângulo de visão, vemos Paul acabar os seus dias várias vezes no meio da areia.

Interface do jogo

Outros pormenores, se bem que não tão graves, poderiam ter sido alvo de maior atenção por parte do pessoal da Cryo. O sistema de gravar os jogos, por exemplo, apresenta uma interface semelhante ao que se usa nas consolas, onde temos de circular pelas letras uma a uma para escrever o nome do jogo. Numa conversão para consola até se compreende, mas no desenvolvimento para PC seria mais prático uma interface onde escrevemos o nome do ficheiro directamente.

Frank Herbert's Dune apresenta também grandes intervalos de tempo para carregar os jogos, e, para além de algumas missões serem um pouco extensas, não podemos guardar os jogos durante as mesmas. Deste modo se Paul morrer durante a missão, teremos de começar desde o início.

Antes de cada missão é exibido um filme que mostra os objectivos que deverão ser alcançados naquela missão. Mas sempre que recomeçamos uma das missões somos obrigados a ver os filmes introdutórios sem ter a oportunidade de passar adiante.

Missões e inimigos

Frank Herbert's Dune é um jogo de acção e aventura e, como tal, apresenta uma série de puzzles para resolver e inimigos para abater. As missões apresentam objectivos diferentes mas as suas resoluções têm mais haver com tentativa e erro do que com observação e tirar conclusões.

Os inimigos, na sua maior parte na forma de guardas, apresentam um modo de agir também semelhante ao longo das missões, não tendo uma inteligência artificial perceptível. Em vez disso, estes parecem partir para o ataque sempre que o jogador atinge determinado ponto do cenário, ficando parados sempre no mesmo lugar a menos que dêem pela nossa presença. Isto tira um pouco da componente estratégica no que diz respeito a surpreender os guardas numa manobra mais táctica.

Falando em inimigos, o combate também não é nada de especial. Para lutar contra os inimigos, Paul Atreides pode fazer uso da sua faca e se for bem sucedido ao derrotar o inimigo, fica com o seu suprimento de água. Aliás, o nível de saúde de Paul é restaurado pela ''ingestão'' de água, que não só pode ser conseguida ao matar o inimigo, mas também através do seu fato Stillsuit, utilizado pelos Fremen para suportar as rigorosas condições do deserto.

Durante os combates, não se entende porque, caso um guarda comece a disparar contra Paul, este não possa voltar a utilizar a sua faca, mesmo que esteja próximo o suficiente para tal. Em vez disso é obrigado também a utilizar uma arma de fogo e quando isto acontece vemos a resolução do combate com Paul e o inimigo de pé sempre no mesmo sítio, a disparar até que um deles caia, o que não é nada entusiasmante.

Conclusões

Frank Herbert's Dune tem por base o universo magnífico do romance, cujo grafismo poderia ser bem explorado. No jogo, os gráficos são razoáveis com alguns efeitos especiais, embora o design das personagens não seja nada de interessante e os seus movimentos não muito realistas e pouco variados.

O som encontra-se adequado, fazendo atenção para a pouca expressão do efeito sonoro das armas. As vozes das personagens são suficientes para o efeito, sem muito mais a falar. Na banda sonora, destaque o tema em orquestra idealizado para a mini-série Dune, transmitida no passado ano nos estados Unidos.

Finalizando, podemos dizer que Frank Herbert's Dune não faz muito jus ao romance, graças às muitas falhas aqui apontadas, que parece serem resultado de um jogo feito um pouco à pressa. Entretanto, se é um fã da série, poderá dar uma oportunidade a este título.


 

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