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Uma pesquisa realizada por cientistas da Universidade da Califórnia em San Diego revelou que um gene que separa os humanos dos macacos e restantes animais parece ter desaparecido quando o homem começou a andar erecto, há cerca de três milhões de anos.

O gene em questão, que poderá estar envolvido com o aumento do cérebro, controla a produção de um tipo de açúcar denominado Neu5Gc, segundo o que foi escrito pelos pesquisadores no Proceedings of the National Academy of Sciences.

Ajit Varki, líder do grupo envolvido na pesquisa, afirmou à Reuters que "esta é a primeira diferença genética entre os humanos e chimpanzés que obteve as maiores consequências, as quais estamos a pesquisar". Para já, segundo Varki, as funcionalidades deste gene ainda não estão completamente compreendidas.

Na opinião do cientista, "o gene está involvido na modificação da superfície das células em todo o corpo, superfície coberta com açúcares dos quais o Neu5Gc não está presente nos humanos".

A inexistência deste açúcar poderá ter influência na maneira como bactérias e vírus infectam as células, além da maneira como as células cancerosas interagem, diz Varki, mas mais pesquisas precisam ser realizadas.