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Com o auxílio do telescópio espacial XMM-Newton da Agência Espacial Europeia, astrónomos do Reino Unido detectaram a explosão de uma supernova, relacionando-a com uma explosão ainda maior de raios gama.

Desde que foram descobertas em 1967, as explosões de raios gama, denominadas em inglês gamma-ray bursts, permanecem um mistério para os astrónomos, que têm grande dificuldade em estudá-las por acontecerem num curto período de tempo e a longas distâncias da Terra. Caso ocorressem próximas ao nosso planeta, estas explosões de raios gama poderiam destruir as formas de vida.

Os resultados das pesquisas da equipa liderada por James Reeves da Universidade de Leicester, que serão publicados na revista Nature, indicam que as explosões de raios gama estão relacionadas com a "morte" de enormes estrelas, cujo núcleo entra em colapso formando um buraco negro quando atingem o estado de supernova, o que resulta numa grande emissão daqueles raios.

Reeves diz que "foi a primeira vez que foi detectada a presença de elementos químicos como magnésio, silício, enxofre, árgon e cálcio, na nuvem de gás resultante da explosão, que se move na nossa direcção em um décimo da velocidade da luz. Isto sugere que a explosão de raios gama resultou do colapso da estrela, sendo esta a única maneira destes elementos químicos serem produzidos. Deste modo, a fonte da explosão dos raios gama foi a supernova".