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Uma tecnologia desenvolvida para a Agência Espacial Europeia (AEE) vai ser utilizada no fabrico da cava, um espumante da Catalunha. A fermentação da bebida, equivalente ao champanhe francês, vai ser controlada por um sensor, desenvolvido para a sobrevivência dos astronautas em Marte.

A qualidade dos espumantes é geralmente decidida pelo controlo que se tem no crescimento da levedura. Em situações normais, é necessário enviar uma amostra para análise em laboratório e esperar pelos resultados. O novo sensor vai permitir conhecer, em tempo real e a qualquer momento, o estado desta.

O recurso a sensores para determinação da concentração de microorganismos no vinho não é novo. Mas, até agora, o método apenas conseguia medir a intensidade da luz que passa através do próprio líquido, um método pouco preciso sobretudo na presença de quantidades elevadas ou mesmo de borbulhas de ar.

A nova tecnologia, desenvolvida pela empresa NTE para a Agência Espacial Europeia permite eliminar todos estes problemas, já que mede as propriedades eléctricas da bebida em fermentação, permitindo assim o estado de concentração da levedura.

A tecnologia vai ser utilizada a partir de 2002 pela empresa Freixenet, que instalará em cada um dos tonéis de fermentação um sensor. A sua aplicação principal será, no entanto, a reciclagem da comida e de outros produtos consumíveis durante a missão da AEE a Marte.