Um cidadão russo de 63 anos foi preso pela polícia de Moscovo acusado de comandar um ''gang'' de hackers que se dedicavam, a partir de cibercafés, a roubar números de cartões de crédito ocidentais.

O cidadão, um programador reformado, foi preso juntamente com outras cinco pessoas, entre as quais um polícia também reformado, e incorre numa pena de prisão que poderá chegar aos 10 anos.

O grupo de hackers dedicava-se a roubar números de cartões de crédito ocidentais que posteriormente utilizavam para efectuarem compras na Internet. Os ''ganhos'' da sua actividade eram posteriormente ''canalizados'' para um site que o grupo criou, que vendia informação sobre madeiras existentes na Rússia.

As actividades dos hackers oriundos da Europa de Leste são já bastante famosas. Normalmente começam por roubar informações bancárias confidenciais dos clientes e, não contentes com o seu feito, oferecem-se para resolver os ''buracos'' por onde penetraram nos sistemas informáticos das empresas. Chegam mesmo a fazer chantagem nos casos em que as empresas não aceitam a ''oferta'' dos seus serviços, ameaçando colocar os números dos cartões de crédito na Internet ou vendê-los a grupo de crime organizado.

Este caso é ligeiramente diferente mas ''deita por terra o mito de que os hackers são génios de 14 ou 15 anos'', referiu Dmitri Chepchugov, chefe do departamento de crimes informáticos da polícia de Moscovo, em declarações à BBC.

De acordo com este responsável policial, o grupo já tinha roubado cerca de 10 mil libras (3.300 contos) e preparavam-se para conseguir mais 30 mil de outros cartões de crédito.

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