De acordo com dados compilados pelo ICP (Instituto das Comunicações de Portugal), os novos prestadores do serviço fixo de telefone terminaram o primeiro ano da liberalização do mercado com uma quota de 14 por cento de todo o tráfego de longa distância gerado em Portugal.

Essa quota de mercado foi crescendo ao longo do ano: 10,4 por cento em Junho, 12,1 por cento em Setembro e 14,2 por cento em Dezembro. Esta quota de mercado representa mais de 270 milhões de minutos de tráfego, contra os 1,6 mil milhões de minutos encaminhados pela Portugal Telecom.

Em comunicado, o ICP adianta ainda que no final de 2000 estavam licenciados 23 prestadores do serviço fixo de telefone, dos quais 14 em actividade. Deste total, dois prestadores prestavam serviços apenas em acesso directo (Cabovisão e Portugal Telecom), seis em acesso indirecto (Global One, Interoute, Oni Solutions, Telecel, Teleweb e TMN) e seis em acesso directo e indirecto (HLC, Jazztel, Maxitelsat, Novis, Oni Telecom e PT Prime).

A taxa de penetração do serviço fixo atingiu 43,1 por cento, traduzindo um acréscimo de 2 por cento face ao final de 1999 (42,3%) e a existência de cerca de 4,3 milhões de acessos telefónicos principais (acessos directos), quase todos garantidos pela Portugal Telecom. Dos acessos directos instalados pelos novos prestadores, 0,3 por cento do total, apenas 26 por cento foram garantidos por tecnologia de Acesso Fixo Via Rádio (FWA).

De acordo com o ICP ''a longa distância, traduzida em chamadas interurbanas e internacionais, foi o principal mercado concorrencial para estes operadores, em resultado do reduzido número de acessos directos por eles instalados e do facto de as ligações locais e regionais se terem tornado elegíveis para acesso indirecto apenas a 1 de Janeiro de 2001''.

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