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De acordo com o Eurobarómetro, Portugal foi um dos cinco Estados Membros da União Europeia (juntamente com Áustria, Irlanda, Grécia e Alemanha) que duplicaram os índices de penetração da Internet, entre Março e Outubro de 2000.
Estes dados, que foram discutidos no último Conselho Europeu de Nice, mostram ainda que a taxa de penetração de Internet em Portugal já é superior à da Espanha e está bastante perto da francesa.
O estudo do Eurobarómetro foi citado ontem por Mariano Gago, ministro da Ciência e Tecnologia, para confirmar os resultados provisórios de um inquérito do Observatório das Ciências e das Tecnologias (OCT), que indica que 22 por cento da população portuguesa utiliza a Internet e 39 por cento o computador.
De acordo com a Lusa, o inquérito mostra que o perfil do utilizador destas tecnologias é preferencialmente masculino e sobretudo de profissões intelectuais. O facto destas tecnologias constituírem um ''instrumento importante na educação dos filhos'' é o factor preponderante para a aquisição de um computador ou para a adesão à Net por parte dos portugueses. O preço ou a falta de utilidade são as razões apontadas por aqueles que não pretendem fazê-lo.
O estudo baseou-se numa amostra de cerca de 6.000 indivíduos, residentes no Continente e com idades compreendidas entre os 15 e os 65 anos.
O OCT apresentou também ontem um outro estudo sobre a utilização das novas tecnologias de informação e comunicação nas empresas portuguesas. Das empresas inquiridas (quase cinco mil), 80 por cento utilizam pelo menos um computador, e 55 por cento possui uma ligação à Internet.
Quanto à sua presença na Net, 25 por cento afirmam estar representadas. O inquérito mostra ainda que a adesão às novas tecnologias é maior nos sectores dos transportes, comunicações e serviços e principalmente entre empresas de maior dimensão (100 ou mais trabalhadores).
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