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''Casa de ferreiro, espeto de pau''. Este devia ser o ditado que os responsáveis da CIA deveriam conhecer para que não acontecesse este caso, no mínimo insólito.
Um chat room, a funcionar há mais de cinco anos na rede informática da CIA, foi encerrado, dado que era trocado ''material inapropriado''. Os cerca de 160 colaboradores que estão a ser investigados correm o risco de despedimento. Segundo os responsáveis da CIA, ''o chat room quebrou as regras de comunicação internas da agência''.
Bill Harlow, porta-voz da CIA, afirmou que ''o conteúdo do chat é muito menos importante do que o facto de este ter sido escondido durante cinco anos''. No entanto ''não houve perda de informação classificada'' acrescentou Harlow.
Segundo a CNN, a maioria dos participantes no chat (onde se incluem alguns oficiais) eram do sexo feminino e um dos temas de ''conversa'' eram piadas sexistas. De acordo com fontes oficiais, alguns foram colocados em tarefas administrativas até ao encerramento da investigação (os colaboradores investigados tiveram 5 dias para responder às acusações).
O chat funcionava quase como uma seita. As pessoas que participavam eram escolhidas ''a dedo'', de acordo com uma votação dos seus membros. Para entrar no chat era necessário jurar que nunca iriam revelar a sua existência, chegando mesmo a assinar acordos secretos.
A questão do uso incorrecto dos computadores da CIA por parte dos seus colaboradores tem vindo a ser notícia desde que o ex-director John Deutch colocou informação classificada nos seus computadores pessoais com acesso à Internet, expondo-a a possíveis ataques de hackers. Deutch abandonou a CIA em 1996.
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