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26/10/2000 - Rui Guerra | Enviar por email Versão impressora | |
Preço é determinante para acesso à Net | ||
O estudo ''As Comunicações no Século XXI'', realizado pelo Instituto das Comunicações de Portugal (ICP) e pela Associação Portuguesa de Defesa dos Consumidores (DECO), mostra que o factor preço é determinante para acessibilidade às inovações tecnológicas por parte dos consumidores portugueses.
No caso específico da Internet, o estudo mostra que 66 por cento dos inquiridos valoriza a redução dos preços de acesso. O mesmo acontece na aquisição de novos produtos, onde o preço condiciona 60 por cento dos inquiridos. Como exemplo temos a adesão a novos serviços (o preço condiciona 53 por cento das respostas) ou o acesso às plataformas de televisão digital (67 por cento). Na ''lista'' de motores de crescimento da Internet o maior desenvolvimento de sites e conteúdos portugueses vem apenas na quarta e na sétima posição respectivamente. Os consumidores não utilizadores de Internet referem também como factores potenciadores a divulgação e a redução de preços. Apenas 2% apontam a oferta de outros serviços via Internet como meio de captação de novos utilizadores. Quanto ao comércio electrónico, a comodidade e a facilidade que permite são os principais factores valorizados. Ainda assim, 14 por cento dos inquiridos não se mostraram receptivos à aquisição de bens pela Internet e 22 por cento não emitiram qualquer opinião (esta percentagem corresponde a indivíduos mais velhos, com escolaridade mais baixa e níveis de rendimentos inferiores). Os pontos que mais retraem os consumidores no e-commerce são a segurança nas transacções (60 por cento), a ausência de contacto directo com os produtos (44 por cento) e o fornecimento de dados pessoais (32 por cento). Outra conclusão importante do estudo é o facto de os consumidores inquiridos mostrarem-se entusiasmados com os novos serviços que a terceira geração móvel (UMTS) irá potenciar, nomeadamente no acesso a informações diversas (65 por cento) e ao correio electrónico (43 por cento). Do total do universo inquirido, 56 por cento declarou possuir um computador, 15 por cento dois computadores e apenas 40 por cento afirmou assinar o serviço de Internet. A maior parte dos inquiridos enquadra-se num perfil de classe média, residentes nos grandes centros urbanos, com formação superior à escolaridade obrigatória e com um perfil de consumo e de acesso aos serviços de telecomunicações e de audiovisual acima da média.
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