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  31/07/2000 - José Borregana Enviar por email   Versão impressora
Vem aí o MPEG-4
 
  Vem aí o MPEG-4 Os novos formatos de compressão de ficheiros áudio e vídeo baseados na tecnologia MPEG (Moving Picture Experts Group) versão 4 prometem revolucionar o multimédia na Internet. A julgar pelo sucesso que o formato musical mp3 teve, teremos em breve uma nova coqueluche.

Actualmente a receber os últimos retoques pelo Moving Picture Experts Group (MPEG), o standard MPEG-4 está a atingir a versão 3, e é já um sucesso quer na televisão digital, quer no mundo dos gráficos interactivos e no multimédia interactivo (vocacionado para a Web em termos de distribuição e de acesso ao conteúdo).

Antes era o MP3
O formato de música digital mp3 (designação abreviada para MPEG-1 Layer 3), era já uma fórmula de sucesso de armazenamento digital de som do grupo MPEG, graças ao tipo de compactação áudio capaz de reduzir o ficheiro original até um décimo do seu tamanho, e sem que se faça sentir uma diminuição na qualidade do som.

Mas o MPEG-4 promete revolucionar ainda mais a forma de compactação de som e imagem, a sua distribuição via Net e a sua respectiva reprodução. As potencialidades vão sem dúvida revolucionar o mercado vídeo. Existem mesmo já pressões para que os leitores de MPEG-4 tenham defesas de direitos de autor, não vá acontecer à indústria cinematográfica a mesma ''desgraça'' que aconteceu à indústria discográfica com o formato musical mp3.

A tecnologia MPEG-4 poderá se popularizar rapidamente, mas para já não se sabe qual a extensão e o tipo de ficheiro que se tornará mais emblemático (o formato mp3, designação abreviada para MPEG-1 Layer 3, implantou-se com essa designação de uma forma não premeditada). Para já ainda está algo indefinida a futura existência de um formato exclusivo com tecnologia MPEG-4 tanto no áudio como no vídeo.

No Vídeo
O MPEG-4 começa por identificar objectos diferenciados. Um actor é um objecto e o cenário de fundo será outro objecto. Sendo assim o ''objecto-actor'' necessita de mais prioridade de actualização da imagem do que o ''objecto-cenário'' que ao fim de contas está estático. A própria faixa sonora é tratada independentemente e constantemente sincronizada. Assim o algoritmo, após a identificação dos diferentes objectos que classifica as suas respectivas prioridades (e consequentemente qual a taxa com que vai actualizar os diferentes objectos), define como vai compor todo o puzle resultante.

O poder desta aproximação orientada por objectos áudio e vídeo permite a sua manipulação de forma simples resultando também num enorme poder de compressão, sem grandes perdas de qualidade. Os objectos visuais são descritos matematicamente e são-lhes atribuídas posições num espaço bidimensional ou tridimensional. De igual modo o som é distribuído espacialmente. Uma vez que os objectos são definidos uma vez, só o seu posicionamento no ecrã pode variar, assim como a qualidade de cada objecto. Desta forma é potenciada a possibilidade de manipular a qualidade das imagens e som caso existam problemas de comunicação e de largura de banda como no ''Streamming''. Esta vantagem permite eliminar todos aqueles ''soluços'' comuns quando carrega conteúdos multimédia da Internet em streamming: sempre que diminui a velocidade e quantidade de dados recebidos da rede o player pode reajustar a qualidade (informando o servidor nesse sentido) para que não haja nenhuma interrupção.

E os resultados estão à vista: não só o formato MPEG-4 vem introduzir uma forma de compressão digital de imagem e som inteligente, como permite uma gestão interactiva da transferência de imagens via Internet.

No áudio
A tecnologia MPEG-4 aplicada ao som introduz também alterações significativas no que toca à digitalização sonora.

Além da eliminação de comprimentos de onda sonoros não perceptíveis ao ouvido humano e a chamada redução ''redundância de percepção'' (em sons repetidos) patente já no MP3, o MPEG-4 consegue também uma redução de redundância estrutural - em que a informação é interpretada. Imaginemos um solo de piano : quando o pianista toca uma nota (por exemplo o dó) este som fica armazenado e quando toca o dó sustenido o algoritmo identifica-o como o dó com uma leve alteração. Essas alterações e desvios sonoros ao som original armazenado ocupam muito menos espaço no ficheiro do que ocuparia se o dó sustenido tivesse sido identificado como um som novo. Desta forma um mpeg 4 áudio poderá em teoria atingir uma compressão de 1:40 que equivaleria num armazenamento de dois minutos de música em apenas 500 kb.

Existe mesmo a possibilidade dos formatos de música digital baseados no MPEG como Advanced Audio Compression (AAC), Windows Media File (WMA) e VQF de se fundirem num possível novo formato baseado na tecnologia MPEG-4 (talvez a extensão mp4).

O MPEG-4 a funcionar
Testado por nós um filme em formato digital mpeg com 27,0 megabytes com a duração de 2 minutos e 42 segundos, foi transformado num ficheiro mpeg 4 para o tamanho de 4,41 megabytes, aproximadamente um rácio de compressão de 1/6,1 (cada 6,1 megabytes ficaram comprimidos em apenas 1 megabyte) e sem perda de qualidade significativa. Em grosso modo poupamos ''apenas'' 22 megabytes de espaço em disco mantendo o filme sempre pronto a ser lido e sem ter perdido qualidade não só na imagem como no som!

Como se faz?
Usámos o recente Windows Media 7 Software Developers Kit disponível para download. Este ''pacote'' contém o Windows Media Encoder 7 que inclui tecnologia de compressão MPEG-4 (adaptado pela Microsoft). Graças a este ''encoder'' (programa que codifica o ficheiro de forma a o comprimir) e mesmo numa opção de grande qualidade é possível gravar ficheiros mpeg, avi entre outros, no formato Windows Movie Video (que inclui compressão MPEG 4).

Para ler um ficheiro comprimido com a tecnologia MPEG-4 é necessário ter um programa que suporte esse codec (programa que interpreta o algoritmo de codificação em MPEG-4), que está incluído no Windows Media Player 7.

Já funciona
Existem no entanto players ilegais disponíveis ao público. Tudo graças a uma versão beta da Microsoft do Windows Me que incluía um codec vídeo que não estava devidamente protegido. Depois de ''extraído'' ilegalmente esse codec deu origem ao DivX.

O formato DivX resulta dessa fuga e permite usufruir de uma qualidade surpreendente em imagem mas faz uso apenas de compressão áudio mp3 uma vez que o codec áudio MPEG-4 não foi também ''adquirido''.

A popularidade atingida pela codificação MPEG-4 que já ''transitou'' para o público é enorme. A prática de gravar um filme de um disco DVD (4,4 Gigabites de capacidade) em apenas um disco CD-R (cuja capacidade de armazenamento é só 650 Megabytes), sem perder qualidade de imagem no formato DivX é uma das modas mais apetecidas da pirataria, em que uma hora de vídeo é convertida em apenas 350 megabytes.

O MPEG-4 poderá revolucionar a breve prazo a multimédia no mundo informático e na Internet. O seu grau de eficiência, aliado a uma qualidade acima da média, tanto no vídeo como no áudio, poderá popularizar-se rapidamente e vir a obter o mesmo sucesso no mundo dos filmes que o formato mp3 teve na música.

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