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TV Digital: Concurso antes do Verão

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  26/05/2000 - José Borregana Enviar por email   Versão impressora
Vem aí a TV Digital
 
  Vem aí a TV Digital A televisão tal como a conhecemos vai mudar radicalmente nos próximos anos. Deixar definitivamente o sinal televisivo analógico e passando à sua transmissão digital poderá permitir uma verdadeira revolução.
O papel-chave que a televisão ocupa nas sociedades modernas poderá ser catapultado pelas potencialidades técnicas que a era digital permite.

O que é a TV Digital?
A chamada TV Digital no fundo é a transmissão de dados digitais e não de sinais analógicos o que se traduz em grosso modo num incremento de quantidade de informação transmitida. Enquanto o sistema analógico transmite o sinal vídeo e som, o sistema digital transmite dados em forma binária (1 e 0) que potencia o volume transportado. Além disso como está em formato digital as imagens e sons podem ser comprimidos e tratados para que não ocorram interferências. O que um único ''canal'' analógico transmite pode equivaler a vários canais digitais. Estamos a falar de uma forma de transmissão TV que promete dar aos consumidores enormes benefícios.

A TV Digital pode ser implementada não só nas transmissões terrestres, como via satélite ou via cabo. Existem já operadores internacionais a transmitir em formato digital como Sky digital que transmite já para o Reino Unido via satélite; a Quierotv espanhola e a Ondigital inglesa em difusão terrestre e a Time Warner Cable via cabo nos Estados Unidos.

Um futuro prometedor!
A capacidade que a TV digital porporciona a nível de oferta de canais e de programação representa um ponto de viragem da televisão tal como a conhecemos. Para termos uma noção o operador Time Warner Cable oferece acesso a 200 canais dos quais 40 são musicais com som de qualidade CD, 50 canais em ''pay-per-view'' (o cliente paga para ver um determinado filme ou evento) e ainda canais desportivos das diversas modalidades desportivas americanas incluindo ligas não profissionais! Em alguns eventos desportivos mais importantes é mesmo possível escolher entre diversos canais para ter uma perspectiva diferente do mesmo evento. Um futuro prometedor! Mas não é tudo um mar de rosas. As potencialidades da TV digital Terrestre são inferiores à TV Digital via Satélite ou Cabo pois as frequências autorizadas não permitem muita abundância de canais e funcionalidades. A TV digital via cabo ou via satélite não tem este tipo de limitações impostas tornando-se assim produtos mais apelativos.

O que é TV Digital Terrestre?
O sistema DVB-T (Digital Video Broadcasting - Terrestrial) utiliza técnicas avançadas (de compressão MPEG-2, codificação e modulação OFDM) que permitem o processamento digital apropriado do sinal analógico, cujo resultado será uma reprodução de sinal com elevada qualidade, mesmo em condições adversas de propagação.
Para receber as emissões digitais hertzianas, o normal cidadão terá de ligar ao seu televisor uma espécie de sintonizador, o chamado ''set top box'', já que a compra de um novo televisor capaz de captar emissões digitais e analógicas é um encargo incomportável. A ''set top box'' no fundo tem como função básica a tradução de sinal digital para sinal analógico que o comum televisor é capaz de reproduzir.

Estes ''set top box'' requerem um cartão do operador televisivo da mesma forma que existem os cartões SIM para os telemóveis. Nestes cartões estão as definições que o operador introduziu nos seus serviços assim como a modalidade de serviços (pacote de canais) que o cliente subscreveu e aos quais tem acesso.

Cá em Portugal
Em Fevereiro Portugal teve um papel importante no futuro da televisão europeia ao acolher a Conferência sobre Televisão Digital Terrestre (DVB-T) onde os operadores europeus do serviço de televisão debateram o que seria a televisão digital europeia. O concurso público para exploração da plataforma de televisão digital terrestre em Portugal deverá ser lançado antes do Verão, prevendo-se que as licenças sejam atribuídas em Janeiro de 2001 e as operações comecem em 2002. Ao que tudo indica as autoridades portuguesas responsáveis irão optar por emitir uma licença a apenas um operador o qual só terá direito à transmissão de 20 a 24 canais.

Será TV Interactiva?
A TV digital não quer necessariamente dizer que teremos acesso a canais com alta definição de imagem e com potencialidades de interactividade. Isso passa pela opção tecnológica do operador televisivo e como a ''set top box'' foi ''artilhada''. Os operadores podem optar por transmitir canais apenas em formato PAL ou PALPlus em ecrãs 4:3 ou optarem por 16:9, ou mesmo vários canais em formatos áudio e vídeo diferentes, o que faz que o leque de opções seja enorme cabendo apenas aos operadores tomarem as decisões estratégicas que mais lhe convêm para atraírem mais clientes.
Em principio e à imagem do que outros operadores de TV digital que outros países já usam é possível acrescentar a muito desejada interactividade na TV. Para isso as ''set top box'' podem desempenhar um papel muito importante. À imagem da WEBTV que é quase um PC para navegar na Internet num televisor é possível tornar as ''set top box'' como instrumentos de interactividade televisiva. Clicar no controlo remoto em ''pause'' quando se assiste a um programa em directo e ir até à cozinha para comer qualquer coisinha e depois voltar e clicar em play e ver o programa com alguns minutos de atraso ao mesmo tempo que este é transmitido é óptimo! Isso é possível pois a máquina pode gravar a transmissão digital num disco duro e a reproduzir até ao mesmo tempo que esta é gravada. É mesmo possível enviar o seu videogravador para a sucata uma vez que programar uma ''set top box'' para gravar programas ou filmes é tão simples como clicar num índice de programação que o operador oferece. Além disso em determinados eventos o operador pode fazer transmissões simultâneas em vários canais em que o cliente escolhe a câmara que quiser em vez do realizador do programa impor as imagens que quiser. Existe ainda a possibilidade do operador permitir acesso à Internet bastando que para isso exista uma ligação telefónica de ''retorno'' até ao operador. Nada poderia ser mais interactivo!

A incógnita...
A questão de fundo para Portugal será o custo das ''set top box''. O abandono das transmissões analógicas é um objectivo a médio prazo mas para que se possa ter acesso à TV digital terrestre é preciso o tal sintonizador. Ora, como a ''set top box'' depende do operador a questão impõe quem vai pagar por isso. Um operador privado não vai andar a oferecer gratuitamente equipamento a quem não seja seu cliente. Assim quem não for cliente arrisca-se a não ter direito a receber transmições televisivas. Outra incógnita tem a ver com a atribuíção de uma licença, e qual o tipo de oferta em ''canal aberto'' que vai ser distribuída em Portugal? Quanto à possível existência de TV Digital via cabo isso ainda está no segredo dos deuses...

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