A PTDT ficou classificada em primeiro lugar na lista provisória do relatório da análise das candidaturas à Televisão Digital Terrestre. A Oni Plataformas-Infocomunicaçãoes ficou em segundo lugar.

Depois de enviados os resultados da apreciação aos concorrentes e ao ministro do Equipamento Social, os grupos visados têm dez dias para a apresentação de sugestões e reclamações, antes de sair a decisão definitiva sobre a atribuição da licença.

Ainda não é conhecida nenhuma reacção por parte da Oni Plataformas-Infocomunicaçãoes, consórcio que além da operadora global de telecomunicações inclui o grupo Media Capital, que integra a TVI. Fonte da ONI, sublinhando que os resultados de ontem (17 de Julho) são provisórios, afirmou que a empresa está a analisar o relatório e tomará, ou não, uma posição oportunamente.

As propostas a concurso apresentaram algumas diferenças, a começar pelos custos. O preço da assinatura mensal situa-se nos 1450 escudos na candidatura da Oni Plataformas-infocomunicações, enquanto que a PTDP propunha 2340 escudos. Já a set-top-box significa custos na ordem dos 23 contos na proposta da PTDP, um valor que desce para cerca de cinco contos na candidatura do consórcio liderado pela ONI.

A PTDP (consórcio SGC, RTP e SIC) propôs 60 canais de televisão e serviços de telecomunicações e uma rede de TDT sem fios, recorrendo às comunicações FWA (Fixed Wireless Acess) para retorno. Já o consórcio classificado em segundo lugar apresentou um projecto que inclui até 30 canais de televisão e retorno através de FWA, da nova geração de telemóveis UMTS e de linhas telefónicas de alta velocidade ADSL.

A cobertura territorial do serviço também é diferente. Enquanto que a ONI Plataformas propõe o início da oferta comercial em Maio de 2002, cobrindo 81 por cento do território nacional em Agosto de 2003 (a cobertura de 95 por cento do território exigida pelo regulamento do concurso só chegará em 2006); a PTDP pretende arrancar com o serviço no segundo semestre de 2002, mas afirma que, no ano seguinte, já terá 90 por cento do território coberto e em 2004 chegará aos 95 por cento.

A união dos dois consórcios parece ser uma hipótese, já que, a manter-se o cenário actual, uma das quatro estações de televisão nacionais terá que ficar de fora da televisão digital terrestre: a TVI.

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