Uma clínica de fertilidade, nos Estados Unidos, admitiu ter criado embriões humanos, tendo como única finalidade a recolha de células precursoras. A revelação suscitou já polémica, assente em questões de ordem ética.

De acordo com a BBC, cientistas, políticos e autoridades religiosas não ficaram indiferentes à notícia, que surge precisamente na altura em que a administração norte-americana de Bush se prepara para decidir se aprova, ou não, a aplicação de fundos federais na pesquisa em células percursoras.

Aparentemente, até agora, os cientistas norte-americanos obtinham células percursoras através de fetos mortos ou embriões concebidos no âmbito de tratamentos de fertilidade, que não foram utilizados.

No centro da polémica estão as células percursoras. Ou seja, aquelas que são capazes de se desenvolver em qualquer tecido humano e que, por isso, à partida, são capazes de reparar ógãos ou tecidos danificados.

Há já vários anos que embriões humanos são criados e descartados em laboratórios dedicados à investigação de problemas de infertilidade. Mas a recente revelação sobre as práticas do Jones Institute for Reproductive Medicine da Virginia, que admitiu a concepção de seres humanos exclusivamente para a colecta de células, não deixou de merecer o repúdio das autoridades religiosas.

Também não faltaram reacções provenientes do meio político e científico, onde as opiniões se dividem. O republicano Tom Delay considerou que a criação de embriões, tendo em vista as células precursoras, ''abre um mau precedente e é eticamente errado''.

Cartoon  :  Opinião  :  Fórum  :  Primeira página  :  Voltar ao topo  
Tecnologia  :  Software  :  Jogos  :  Caderno  :  Web  :  Livraria  :  Formação