A Brisa anunciou a aquisição de 17 por cento do capital da ONI, mediante a integração dos activos da Brisatel na operadora controlada pela EDP - Electricidade de Portugal, bem como dos quatro por cento que detém no consórcio Oniway, um dos futuros operadores de telemóveis da terceira geração (UMTS).

Com este acordo, constitui-se a segunda maior rede de telecomunicações em Portugal (a seguir à da Portugal Telecom). A Brisa possui uma rede privativa instalada ao longo das auto-estradas do país, com cerca de 1300 quilómetros de condutas de fibra óptica, para além da recente parceria firmada com a Renfe, empresa que explora os caminhos-de-ferro espanhóis.

Já a ONI dispõe de uma rede pública de meios de transmissão físicos e radioeléctricos, com cerca de três mil quilómetros de condutas instaladas, contando com os direitos de exploração das infra-estruturas das empresas do Grupo EDP e GalpEnergia.

A Brisa já não é novata neste tipo de acordos. Recorde-se a associação com a ONI e Telecel para a construção de uma rede única de telecomunicações, rompida no Verão passado pela Telecel (discordava da vontade da ONI em ficar com a maior fatia do capital da empresa a constituir).

Apesar deste acordo, o presidente da EDP, Francisco Sanchez, já deixou bem claro que a EDP quer continuar como accionista maioritário da ONI, detendo actualmente 56 por cento do capital.

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