O início da Inforpor 2001 ficou marcado pela apresentação à imprensa do Windows XP. Para além de questões como preços, registos de activação e a parceria com a Intel, ficou uma ideia chave: ''uma revolução em relação ao que fizemos no passado''.

A frase foi proferida por João Paulo Girbal, o director-geral da Microsoft Portugal. Sabendo as dúvidas que normalmente se levantam relativamente aos produtos da Microsoft, Girbal seguiu a campanha global da Microsoft e referiu como pontos fortes do novo sistema operativo a estabilidade e fiabilidade, a facilidade de utilização e a melhoria do desempenho.

O novo Windows XP marca a opção definitiva por parte da Microsoft na sua tecnologia NT, uma vez que utiliza o mesmo código base. ''A era do MS-DOS morreu'', referiu a propósito Carlos Lacerda, director de marketing da Microsoft. Lacerda utilizou ainda o humor para caracterizar o Windows XP: ''uma mistura entre Einstein, Sofia Aparício e Luís Figo, ou seja, inteligente, atraente e bastante fiável''.

A associação entre a Microsoft e a Intel foi outro dos pontos em destaque nesta apresentação. O Windows XP será promovido conjuntamente pelas duas empresas, sendo que o logotipo conjunto aparecerá sempre em todas as campanhas de promoção. A este respeito, Frederico Carvalho, da Intel, considerou que a associação entre o Pentium 4 e o Windows XP constitui uma ''combinação perfeita''.

As questões mais polémicas em torno do lançamento do novo sistema operativo também não ficaram de fora da apresentação. A este respeito, o polémico registo de activação esteve em foco. De acordo com os responsáveis da Microsoft, o objectivo da activação é lutar contra o fenómeno da pirataria.

Para isso, a activação pode ser feita pela Internet (é enviada uma chave de activação que identifica o produto e a máquina que se utiliza) ou pelo telefone, através de um número grátis. A partir dessa activação, o Windows XP só funciona naquela máquina.

Para quem necessita de formatar o disco (situação que ocorre com alguma frequência para quem trabalha diariamente com PCs) ou que resolve fazer um upgrade ao seu PC, os responsáveis da Microsoft apresentaram uma solução caricata: o problema será resolvido caso a caso. Só se espera que os serviços de apoio ao cliente da Microsoft sejam bem apetrechados, sob pena dos utilizadores desesperarem à procura de uma solução para o seu problema.

Quanto aos preços de venda estimados (IVA incluído), mais elevados do que os anteriores sistemas operativos da Microsoft, o Windows XP Home Edition, versão actualização, custará 29.990 escudos (149.59 euros), enquanto que a versão completa custa 60.990 escudos (304.22 euros). O Windows XP Professional, versão actualização, custa 59.990 escudos (299.23 euros) e a versão completa 87.990 escudos (438.89 escudos). Existe ainda uma versão Home Edition especial para estudantes, ao preço de 26.900 escudos (134.18 euros).

O Windows XP será hoje lançado em 50 países, 34 idiomas (a versão portuguesa deverá estar disponível no final do ano, logo a seguir ao Natal), numa campanha de marketing global avaliada em 250 milhões de dólares (56 milhões de contos ou 280 milhões de euros). Para o primeiro semestre de 2002 é esperada a versão para servidores do Windows XP (Microsoft Windows . Net Server) e também o Windows XP 64 bits (versão desktop). A Microsoft espera 100 milhões de utilizadores do Windows XP no final do primeiro ano de comercialização.

A apresentação do Windows XP ao público decorrerá na tarde de quinta-feira, sendo esperados mais de dois mil convidados. A Digito também estará lá.

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